Dólar passa dos R$ 4,00 e preocupa empresários. Alta de preços e demissões ameaçam empresas do PIM

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De acordo com Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), no mesmo período do ano passado, eram 124 mil empregos diretos, no Polo industrial de Manaus. Hoje, são pouco mais de 100 mil. A redução ainda não se estabilizou e não atinge apenas as linhas de produção. Profissionais em nível de gerência também foram atingidos pelos cortes.

“O que está empregado não tem segurança de continuar empregado, nos próximos meses, por conta desse cenário, então também retrai o consumo e aí nós entramos num círculo vicioso, ou seja, menor consumo, menos demanda por novos produtos, menos atividade nas linhas de produção, risco de mais desemprego. E isso se deve ao cenário, que é político. A falta de confiança, tanto por parte tanto do consumidor como por parte do investidor nas políticas desse governo, que resultam na situação econômica que estamos passando!”

Mas, segundo o presidente do CIEAM, empresário Wilson Périco, o cenário negativo pode ficar ainda pior. Segundo Périco, as medidas aditadas pelo governo federal e que também influenciam na flutuação do dólar, podem acarretar novas demissões. Para Wilson Périco, o novo valor dos produtos será repassado ao consumidor gradualmente, nos próximos três meses.

O presidente do CIEAM explica que cerca de 80% dos insumos usados para a fabricação de produtos produzidos no PIM vêm de outros países.

“O preço dos produtos deverá ficar mais caro para o consumidor, num curto espaço de tempo. Esse dólar não é repassado direto no custo do produto. A maioria das empresas trabalha com o custo médio do estoque. Consequentemente, o custo médio é que vai compor o preço do produto fabricado, então o consumidor vai sentir, sim, o peso do dólar! Mas não vai ser de uma vez! Vai ser ao longo desses próximos meses!”, afirma Périco.

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