Dólar cai mais de 1,5% e vai abaixo de R$ 3,20 pela 1ª vez em um ano

Moeda reagia à ausência do Banco Central no mercado de câmbio e à briga pela formação da Ptax de junho

Dólar
A moeda americana chegou a 3,2476 reais na máxima e 3,1864 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 22 de julho de 2015(Antonio G. Cuesta/Getty Images)

O dólar recuava mais de 1% e ia abaixo de 3,20 reais pela primeira vez em um ano nesta quinta-feira, reagindo à ausência do Banco Central no mercado de câmbio e à briga pela formação da Ptax de junho.

A sessão era volátil, porém, e a moeda americana chegou a subir pela manhã, em meio ao tom mais comedido nos mercados externos após dois dias de forte bom humor.

Às 13h39, o dólar recuava 1,52%, a 3,1876 reais na venda, depois de acumular queda de 4,64% nas duas sessões anteriores.

A moeda americana chegou a 3,2476 reais na máxima e 3,1864 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 22 de julho de 2015 (3,1685 reais). O dólar futuro recuava cerca de 0,55%.

“Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir”, disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano, acrescentando que o mercado tende a ser mais volátil nas últimas sessões do mês devido à Ptax.

A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocá-las a patamares favoráveis a suas posições.

A inação do BC diante do recuo recente da moeda americana também contribuía para manter o dólar em patamares baixos. Muitos operadores esperavam que a autoridade monetária tivesse agido para amortecer a queda do dólar, com medo de impactos sobre as exportações.

“O BC está claramente mais confortável com deixar o dólar seguir seu rumo, o que deixa o mercado mais à vontade para buscar patamares mais baixos”, disse o operador de uma corretora nacional.

Operadores citaram ainda a perspectiva de o BC estabelecer para 2018 meta de inflação mais baixa do que a de 2017, como afirmou uma fonte da equipe econômica à Reuters. Com isso, cresciam as expectativas de que os juros básicos demorarão mais para cair, o que tende a sustentar a atratividade de ativos brasileiros.

 

Fonte: VEJA

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