Dia Mundial do Câncer de Rim reforça a necessidade de atividade física como método de prevenção da doença

Considerada uma doença rara e com sintomas que se assemelham aos de várias outras patologias, o câncer de rim acomete de sete a dez pessoas para cada grupo de cem mil habitantes, apontam dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com predominância em sujeitos com idade entre 50 e 70 anos. Em 18 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Câncer de Rim, e o tema escolhido para 2020 foi: ‘Precisamos falar sobre atividades físicas’.

A principal função do rim é a formação da urina através da filtração do sangue para retirar o excesso dos produtos prejudiciais ao corpo humano. O cirurgião urologista da Urocentro Manaus e doutor e saúde coletiva, Giuseppe Figliuolo, explica que a prática regular de atividades físicas ajuda a prevenir o aparecimento da doença, que figura como o 12º tumor mais comum no mundo, responsável por cerca de 3% dos casos entre as neoplasias malignas.

“O percentual pode parecer baixo, mas a taxa de mortalidade é bastante preocupante. Aproximadamente metade dos pacientes acabam não resistindo à doença”, frisou o especialista.

Pesquisas recentes mostram que pessoas ativas contavam com uma função renal mais preservada do que as sedentárias. Além disso, as atividades físicas previnem a hipertensão e o diabetes, doenças altamente prejudiciais aos rins.

Figliuolo reforça que o tema escolhido também tem o objetivo de estimular as pessoas a se exercitarem, prevenindo não só esse, mas outros tipos de câncer, além das doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório. No caso do câncer de rim, os principais sintomas são: sangue na urina, dor lombar de um lado, massa (nódulo) palpável na lateral ou na parte inferior das costas, fadiga, perda de apetite, perda de peso, febre e anemia.

O câncer de rim pode acometer um ou os dois órgãos. “Carcinoma de células renais (CCR) é o nome dado para designar todos os tipos de tumores renais malignos, mas existem vários tipos histológicos, alguns mais agressivos e com maior letalidade, e outros com menos agressividade, como o tumor de células claras ( mais comum com 70 % dos casos), o papilar, cromofóbo e osarcomatoide ( 1% dos casos, porém, o mais grave)”, explicou o cirurgião.

O diagnóstico é feito através de exames de imagem e biópsia para análise patológica, que determinará o tipo de câncer ou descartará a hipótese de tumor maligno. O tratamento pode incluir radioterapia, quimioterapia e cirurgia – denominada nefrectomia parcial ou total. “Atualmente, já contamos com modalidades cirúrgicas menos invasivas, como as vídeolaparoscopias, cujas incisões são menores e utilizamos o suporte de pinças e microcâmeras. A recuperação também é mais rápida nesses casos. Mas, há quadros clínicos que pedem abordagens maiores. Nesses casos, optamos pelas cirurgias convencionais, para garantir uma margem maior de segurança aos pacientes”, frisou.
Com informações da assessoria

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