“Desigualdade gera violência: basta de privilégio”: 24º  Grito dos Excluídos será nesta sexta-feira

“Desigualdade gera violência: basta de privilégio”. É o tema da 24° edição do Grito dos Excluídos, que será realizada nesta sexta-feira (7/9), a partir das 8h, no Conjunto Viver Melhor 1, com concentração na Igreja Santa Clara, situada à Avenida da Conquista s/n Viver Melhor – I Etapa.  O local foi escolhido por ser um conjunto habitacional construído para os pobres, mas não foram disponibilizados aos moradores serviços básicos como posto de saúde e escola.

“Todos sabem que é importante que se tenha políticas públicas voltadas para a habitação, porém não se colocou os equipamentos necessários como o posto de saúde e educação para atender a demanda. Isso foi aparecendo paulatinamente, a partir da intervenção do Ministério Público, de movimentos sociais e da população do local que começaram a fazer reclamação. Isso marca um simbolismo importante de um grito necessário para que seja dada a visibilidade necessária aos problemas e às mazelas que estão presente em nossa sociedade, sobretudo com relação às políticas públicas voltadas para habitação, saúde e educação, tão necessário para o povo amazonense”, afirmou o diácono Afonso Brito, coordenador de projetos da C.

O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sergio Castriani, que apóia e sempre acompanha o evento, lembra com tristeza a existência de tantas pessoas vivendo na pobreza, sem os serviços básicos a que têm direito, muitas vezes sem voz e nem vez. “Ninguém duvida da existência dos excluídos, e do fenômeno da exclusão. Todos os dias muitos ficam sem emprego e moradia, sem saúde e sem educação de qualidade. Nós queremos gritar isso e dar uma oportunidade para essas pessoas dizerem alguma coisa. A intenção é chamar a atenção da sociedade para falar da exclusão e as razões para isso. Infelizmente são os políticos desse país que tem a caneta na mão e o cheque na mão. Só os dirigentes podem fazer alguma coisa. É preciso pedir que façam alguma coisa por eles (os excluídos). Nessas eleições é preciso ver em quem a gente vota, porque o corrupto não merece nosso voto e é burrice votar no corrupto, pois depois vem reclamar da sociedade. Se tivermos consciência de as eleições são muito importantes pois escolheremos quem vai governar e fazer as leis do país”, alertou o arcebispo de Manaus.

O evento que está em sua 24ª. edição tem como objetivo geral valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, pedindo por direitos que garantam vida digna a todos, que muitas vezes sequer possuem direitos básicos como saúde, educação, moradia, segurança; a construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar a classe trabalhadora nas lutas populares. O Grito visa dar voz e vez aqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade.

Sobre o Grito dos Excluídos

Seu objetivo geral é valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar a classe trabalhadora nas lutas populares. Além de denunciar a estrutura opressiva e excludente da sociedade e do sistema neoliberal que nega a vida e quer nos impedir de sonhar.

Tem por objetivos específicos:

DEFENDER a vida dos/as excluídos/as, assegurar os seus direitos, voz e lugar. Construir relações igualitárias que respeitem a diversidade de gênero, cultural, racial, religiosa e sejam esperança para juntas e juntos lutarmos por outro mundo possível.

CONSTRUIR espaços e ações organizadas politicamente a fim de fortalecer e mobilizar o povo a lutar por um projeto de sociedade mais igualitária e fraterna que valorize a vida, a distribuição de terra, renda e bens para todos;

DENUNCIAR as estruturas opressoras da sociedade, as injustiças cometidas pelo modelo econômico neoliberal, a concentração de renda, a criminalização dos movimentos, dos defensores e defensoras dos direitos humanos e das lutas populares;

OCUPAR os espaços públicos e exigir do Estado a garantia do acesso e a universalização dos direitos básicos como educação, segurança pública, saúde, transporte, alimentação saudável, saneamento básico, moradia. Lutar contra a privatização dos recursos naturais e contra as reformas que retiram direitos dos trabalhadores;

COBRAR dos governantes uma auditoria integral da dívida pública (interna e externa) que consome aproximadamente 45% do nosso dinheiro (orçamento federal) pagando juros e amortizações aos especuladores.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *