Dedé Santana fala sobre primeiro papel sem ser de trapalhão

“Fiquei com medo, no início. Eu nem sei se sou ator”, diz ele, em turnê com a peça A última vida de um gato, dirigida por Victor Garcia Peralta

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Em quase 60 anos de carreira, o trapalhão Dedé Santana esteve sempre às voltas com o personagem que criou ao lado de Renato Aragão. Mas hoje, aos 80, o “ajudante de palhaço”, como ele gosta de se autodenominar, está em turnê pelo Brasil com um espetáculo sério, a comédia dramática A última vida de um gato. Sob a direção de Victor Garcia Peralta, Dedé interpreta pela primeira vez um personagem diferente daquele que o Brasil estava habituado a conhecer.

“Essa é uma das coisas que queria fazer antes de morrer. No palco, você vai ver um Dedé que nunca viu antes. Fiquei com medo, no início. Eu nem sei se sou ator”, brinca ele, que interpreta um homem deprimido, que pensa em se matar.

Na trama, o personagem de Dedé desenvolve uma bela amizade com um gay, vivido por Felipe Cunha. “No início, ele é meio homofóbico, mas o rapaz é vidente e descobre seus planos e, então, faz de tudo para ele não se matar. É muito legal o desenvolvimento dessa relação. Não é um gay estereotipado”, diz Dedé.

Embora esteja em turnê pelo Brasil, ele conta que estava com receio de mostrar o espetáculo no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas as duas cidades estão no roteiro. “Eu resisti um pouco. É um trabalho diferente, fiquei com um pouco de medo. Mas a peça é muito boa e o Victor (Garcia Peralta, diretor) diz que eu estou fazendo direitinho”, entrega.

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