De volta ao xilindró: Marcelaine Schumann ainda deve cumprir mais de 7 anos de reclusão em regime semiaberto

A bela diva socialite, como ficou conhecida Marcelaine dos Santos Schumann, foi condenada a 7 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto pela tentativa de homicídio de Denise Silva. Outros três réus também foram condenados. Edney Costa Gomes foi absolvido.

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Charles Mac Donald, acusado de elaborar o crime, foi condenado por homicídio tentado qualificado, a 8 anos e 2 meses e 5 dias de reclusão em regime fechado.

Rafael Leal dos Santos, o “Salsicha” acusado de atirar contra Denise, terá que cumprir pena de 8 anos e 2 meses e 5 dias em regime fechado.

Karen Arevalo Marques, apelidada de Karen “Machudinha”, que forneceu a arma do crime, foi condenada a 6 anos, 5 meses e 18 dias em regime semiaberto.

O segurança Edney Costa Gomes, que forneceu contatos dos participantes no crime, foi inocentado das acusações.

Edney Costa Gomes (à esquerda) foi absolvido (Foto: Ive Rylo/G1 AM)

A sentença dos réus envolvidos no crime foi anunciada pelo juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, que presidiu os dois dias de julgamento.

 

Denise será indenizada

Mauro Antony também decidiu que a condenada Marcelaine Shumann terá que pagar uma indenização de R$ 7 mil para a vítima. Rafael e Karen terão que pagar a quantia de R$ 3 mil cada. Charles Mac Donald desembolsará R$ 5 mil para a vítima dos disparos, um total de R$ 18 mil.

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Sentenças

Após mais de nove horas de debates entre o Ministério Público e a defesa dos acusados, juiz determinou que a pena base de Marcelaine foi de 13 anos de reclusão em regime fechado. Considerando o fato de ser ré primária, por ter confessado o crime, ainda que insistiu na tese na tese de apenas ter mandado dar um “susto” em Denise, a pena final foi definida em 8 anos e 8 meses de prisão. Levando em consideração de Marcelaine estar presa preventivamente, resta cumprir a pena de 7 anos e 9 meses no regime semiaberto.

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Charles Mac Donald foi condenado por homicídio tentado qualificado, com a pena base de 14 anos de prisão. Com os atenuantes, a pena foi reduzida a 9 anos e 8 meses. Pelo fato de Charles já estar preso, a pena deve ser cumprida em 8 anos, 2 meses e 5 dias de regime fechado.

Rafael Leal dos Santos, atirador da vítima Denise de Almeida, teve como pena base em 15 anos de prisão em regime fechado. Porém, o juiz levou em consideração o fato de o acusado ser réu primário, a confissão do crime, a pena ficou em 9 anos e 8 meses de reclusão. Como Rafael já estava preso previamente, sua pena fical é de 8 anos e 2 meses de regime fechado.

Karen Arevalo Marques teve a pena base inicial fixada em 12 anos de reclusão em regime fechado. O juiz levou em conta a confissão do crime, a primariedade da ré e reduziu a pena dela a 7 anos e 8 meses de prisão. Pelo fato de já estar presa previamente, a acusada recebeu a condenação de 6 anos, 5 meses e 18 dias em regime semiaberto.

Edney Costa Gomes foi inocentado das acusações e absolvido do julgamento. Por estar preso previamente, ele está automaticamente livre.

 

Recursos
O Ministério Público e os advogados de defesa têm cinco dias para recorrer da decisão do julgamento desta quinta-feira.

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O juiz Mauro Antony explicou que as penas podem ser aumentadas, caso o Ministério Público (MP) recorra da sentença. “O Ministério Público vai aguardar em cartório o prazo recursal. Se o MP recorrer essas penas podem ser aumentadas. Com relação ao Edney, caso o Ministério Público recorra, o julgamento pode ser anulado e pode ser realizado outro julgamento”, disse.

A advogada de Charles disse que vai recorrer. Ela ainda vai avaliar se deve entrar com recurso sobre a sentença de Rafael. “Vou recorrer porque acho que não foi levado em consideração, especialmente as coisas que tratamos sobre o Charles”, disse.

O advogado de Karen, Fernando Almeida, disse que não vai recorrer e a sentença torna-se definitiva, isto é, o processo é considerado com trânsito em julgado.

O advogado de Marcelaine, Eguinaldo Moura, anunciou que não vai recorrer da sentença.

O advogado Eguinaldo Moura, que defendeu Marcelaine, atacou os outros personagens do triângulo amoroso. Chamou Denise Almeida, vítima de três disparos de Salsicha, de “santa” e “psicopata”. “Ela mandava fotos com Marcos” para a cliente dele, afirma. Marcos Souto, o amante de ambas, foi tachado de “traste” pela defesa. Eguinaldo revelou que Marcelaine “quase morre no presídio”, após ter sido colocada com outras prisioneiras e que foi extorquida por elas.

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Entenda o crime

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 12 de novembro de 2014, no estacionamento de uma academia no Centro da cidade.

Denise estava dentro de um automóvel quando um homem se aproximou e atirou. Um dos tiros atravessou o vidro lateral e o projétil atingiu o pescoço.

Denise é casada com um advogado e Marcelaine com um publicitário, mas, segundo a denúncia que teve confirmação durante depoimentos no julgamento, ambas mantinham relacionamento amoroso com o empresário Marcos Souto, de 50 anos, que também é casado. Ele é apontado como o pivô do crime.

Marcelaine foi presa pela primeira vez, no dia 5 de janeiro de 2015, em cumprimento a um mandado de prisão. Chegou a ser solta, mas voltou à prisão depois de descumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça.

 

Vítima pode ficar paraplégica

O  juiz Mauro Antony explicou que o legista estava presente para explicar o laudo ao júri, uma vez que a defesa dos réus tentou desclassificar o crime de tentativa de homicídio qualificado para lesão corporal leve.

O médico legista José Maurício afirmou que Denise Almeida da Silva ainda corre risco de ficar paraplégica, caso haja deslocamento do projétil alojado próximo da sua coluna cervical para uma das vértebras. De acordo com o perito do Instituto Médico Legal (IML), a vítima correu risco de vida e ainda há uma probabilidade remota condicionada a possíveis complicações que resultem em morte.

Segundo Denise, o projétil alojado perto da coluna cervical, limita alguns de seus movimentos. Ela disse ainda que engravidou e teve um filho recentemente do seu marido, o advogado Erivelton Barreto, que prestou depoimento no primeiro dia de julgamento.

 

 

 

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