Crise dos combustíveis: população exige preços acessíveis e justos, afirma Conceição Sampaio

Mais uma vez, a população se sente lesada com o momento difícil que o país enfrenta e os parlamentares da Câmara Federal querem, de uma vez por todas, acabar com o momento de incertezas que vive o Brasil.”

A afirmação, em tom de desabafo, é da deputada federal Conceição Sampaio (PSDB-AM), para quem a greve dos caminhoneiros, que parou o país por nove dias, só trouxe à tona aquilo que a sociedade já vem enfrentando todos os dias: preços abusivos na hora de abastecer o seu veículo.

“Infelizmente, ninguém pode nos dar mais a certeza de que iremos acordar amanhã sem ter um novo preço estabelecido nas bombas de combustíveis. Estamos cobrando, através do ministro Carlos Marun,  previdências enérgicas sobre este assunto”, declara a deputada.

Nas palavras de Conceição Sampaio, “não temos mais o dia de amanhã para esperar”. A deputada pede urgência na solução deste problema e diz que a população precisa de preços acessíveis e justos.

“Amanhã nós podemos acordar com o país parado, esperamos que isso não aconteça e lutaremos para isso. Nesse momento, não existem culpados, o que nós precisamos é nos unir para trazer a solução que a população brasileira merece receber”, destaca.

Impactos da greve

Os reflexos da greve dos caminhoneiros se espalharam por todo o Brasil, muito além dos pontos de bloqueio nas rodovias. Esses efeitos são variados. As ações da Petrobras caíram – no Brasil e no exterior. Foi preciso adotar uma solução “criativa” de escolta para garantir o abastecimento de combustível em aeroportos e empresas de ônibus. E há ainda os preços abusivos em postos de combustíveis, que podem gerar multas a empresas.

Em algumas capitais, o combustível começou a chegar em parte dos postos. Com escolta policial, caminhões-tanque saíram de distribuidoras para abastecer postos em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Paraíba, além do Distrito Federal. Centros de distribuição de alimentos também começaram a receber produtos e a oferta de transporte público também deu sinais de melhora.

Acordo

No domingo (27), o governo federal anunciou a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 centavos por litro, por 60 dias. O Planalto concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o País, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.

Ontem, o Congresso Nacional recebeu as três medidas provisórias assinadas pelo presidente Michel Temer que resultaram do acordo com os caminhoneiros para pôr fim à greve nacional iniciada no dia 21. As MPs reservam parte do frete da Conab para caminhoneiros autônomos, preveem a fixação do preço mínimo do frete e dispensam o pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões.

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