A família de André Pereira, de 6 anos, que morreu após cair em um bueiro no bairro Amazonino Mendes, zona Norte de Manaus, pode, enfim, retirar o corpo da criança do Instituto Médico Legal IML, para sepultá-lo.
De acordo com a técnica de enfermagem, Raquel Martins, tia do pai de André, após um mês de espera chegou ao fim o sofrimento da família.
A demora na liberação do corpo de André ocorreu justamente pela falta de documentação legal que a lei exige. Ele precisou passar por exame de DNA para comprovar o parentesco com a mãe. O menino era adotado e não possuía certidão de nascimento, carteira de vacinação ou outro tipo de documento que o identificasse. Infelizmente, só após a morte, a criança conseguiu ser registrada.
O corpo de André foi velado na casa de parentes. Comovido, o pai preferiu não falar com a imprensa. O avô do menino, Antônio Pereira Lima, disse que a luta foi grande para a família conseguir liberar o corpo do Instituto Médico Legal.
O avô também lembrou que o sonho de André era querer estudar e freqüentar uma escola.
As últimas imagens de André ainda com vida ficaram registradas na câmera de segurança de vizinhos e mostram o menino brincando, antes de cair no bueiro que estava aberto na esquina da rua onde morava. Após o fim trágico da criança, o bueiro foi tampado. André foi enterrado no cemitério N. Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.