Comércio varejista comemora crescimento nas vendas

Após três meses consecutivos de resultados negativos, o comércio varejista amazonense apresenta uma leve variação positiva. Em junho, o setor teve aumento de 1% em relação a maio no volume de vendas, na série com ajuste sazonal, segundo dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (9). De acordo com o levantamento, o segmento apresentou aumento de 1,4% para receita nominal. Foi o terceiro aumento na comparação ocorrido em 2016. Na comparação com julho de 2015, o volume de vendas acumula perdas de 12,4%.

Segundo o presidente da Fecomércio-AM (Federação do Comércio do Amazonas), José Roberto Trados, mesmo com o índice tímido de recuperação em junho, o setor comercial espera mudanças efetivas no comportamento econômico para fugir da linha de queda, registrada desde o início do ano. Ele comenta que, para a economia entrar na rota de desenvolvimento deve haver queda de inflação e aumento de renda. “Espera-se também mudanças estruturais, pois o empresário não aguenta mais essa crise permanente atribuída principalmente aos desarranjos políticos”, disse o presidente. Na avaliação de Trados, após a decisão política do país no segundo semestre do ano, será redefinido posições e mudanças empresariais, trabalhistas e tributárias, o que refletirá positivamente no setor comercial.

A pesquisa revela ainda que o volume de vendas do comércio amazonense acumula perdas de -12,4% no mês de junho deste ano em relação ao igual mês de 2015. O resultado é 19ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. No acumulado do primeiro semestre do ano, a retração foi de -12,6%. Contando doze meses para trás, o acúmulo registrou taxa de -10,6%, é o pior resultado de toda a série iniciada em 2001. Com melhor desempenho, a receita nominal de vendas do comércio varejista em junho, foi de -2,0% se comparado a junho do ano anterior. No ano, o índice acumulou queda de -2,5% e em doze meses -1,5%.

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Varejo ampliado

O volume de vendas do comércio ampliado no Amazonas, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção também foi fortemente impactado pelo fraco desempenho do comércio em junho com variação de -12,5% em relação a igual mês de 2015. O resultado fica atrás dos meses de abril e maio, quando registraram -15% e -15,5% respectivamente.

Segundo a pesquisa, a receita nominal do comércio varejista ampliado não poderia ser diferente e chegou a -5,9% em junho deste ano. O indicador também representa melhora na comparação com os meses de maio (-8,9) e abril (-8,1%). Já o acumulado no ano chegou a -6,7% e nos últimos doze meses -7,4%.

Vendas foram as melhores desde 2013

As vendas no varejo do Brasil também cresceram 1% em junho, considerado melhor resultado para o mês desde 2013. Na comparação com junho de 2015, houve queda de 5,3% nas vendas. Segundo os dados, três das oito atividades pesquisas mostraram expansão em junho na comparação com maio. Influenciados pelas comemorações das datas festivas do mês os segmentos de Tecidos, vestuário e calçados tiveram alta de 7% e outros artigos de uso pessoal e doméstico registaram aumento de 8%. Já o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou contração de 4% no período, após leve alta de 1% em maio. O IBGE informou ainda que o volume de vendas do varejo ampliado caiu 2% em junho na comparação mensal, após queda de 3% em maio.

Em junho, 13 das 27 unidades da Federação apresentaram recuo no volume de vendas, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Os destaques negativos, em termos de magnitude de taxa, foram: Paraíba (-2,0%); Tocantins e Rio de Janeiro (-1,4%); Santa Catarina (-1,2%), Piauí (-1,1%); e Rio Grande do Norte (-1,0%). Por outro lado, Paraná, com variação de 7,4%, registrou o maior avanço no volume de vendas.

Na comparação com junho de 2015, a redução do volume de vendas no varejo alcançou todos os 27 Estados. O destaque, em termos de magnitude de taxa, foi no Amapá (-19,1%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destaca-se, pela ordem: Rio de Janeiro (-9,5%), seguido por São Paulo (-1,7%).

Em relação ao comércio varejista ampliado, todas as unidades da federação registraram resultados negativos, em termos de volume de vendas, na comparação com junho de 2015, com exceção de Roraima (1,5%).

Fonte: Jornal do Commércio

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