Com redução de impostos, preço do feijão deve ter queda no Amazonas

25/06/13 – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) diminuiu na segunda-feira (24) de 10% para 0% o Imposto de Importação (II) do feijão. No Amazonas praticamente toda a safra é importada. A medida deve reduzir o preço do produto para os próximos meses. Vale lembrar que o feijão apresentou a maior alta no preço entre os produtos da cesta básica divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no início do mês.

No País, o feijão apresentou alta variação em 16 capitais.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a safra no Amazonas equivalerá a apenas 5,7 mil toneladas no ano em 2013. No Pará, por exemplo, esse valor é de 43,9 mil toneladas, em Rondônia 39,5 mil. O superintendente da Conab-AM, Thomaz Meirelles, explica que a produção no Estado não atende minimamente o consumo do Estado. “Aqui no Amazonas a produção é apenas para subsistência, o agricultor produz para seu consumo e de pessoas próximas. Praticamente todo o feijão que é consumido no Estado é importado”, comenta.

De acordo com comunicado da Camex a redução da alíquota tem como objetivo ajudar a combater a inflação, facilitar a compra externa e aumentar a oferta no mercado brasileiro em virtude dos problemas na safra que vem ocorrendo em 2013, com isso reduzindo o preço do produto, em virtude da falta de perspectivas de melhora da produção nacional. A alteração foi feita por meio da inclusão dos dois códigos NCM referentes ao feijão na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec). A escolha levou em conta “a urgência da adoção da medida de redução da alíquota para importação do feijão”, segundo comunicado da Camex.

A safra brasileira de feijão está estimada em 2.843 mil toneladas, o que representa 75 mil toneladas a menos que a safra registrada em 2012, que já havia sido considerada ruim. O que equivale a uma área de 3.026,9 mil hectares, 235,2 mil hectares a menos do que foi cultivado em 2012. No Amazonas a safra também sofreu uma pequena redução de 3,4% na safra. Indo de 5,9 mil toneladas na safra de 2011/2012 para 5,7 mil na safra de 2012/2013.

Feijão e a cesta básica

A medida do governo é justificável, tendo em vista que no Amazonas o feijão foi o produto que apresentou a maior alta no preço entre os que compõem a cesta básica. O valor do produto teve alta de 3,73% no último mês. O custo total da cesta básica de Manaus no período apresentou uma redução 4,91%. Já no ano, o crescimento do valor do feijão equivale a 23,66% e na análise dos últimos 12 meses o preço do feijão sofreu variação de 20,89%. O próprio Dieese anunciou que não eram esperadas grandes quedas no preço do produto, pois a estimativa de oferta total do produto vinha apontando sucessivas baixas.

No País, o feijão apresentou alta variação em 16 capitais. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (15,10%), Belém (14,13%) e Natal (11,41%). As altas menos significativas aconteceram no Rio de Janeiro (0,51%), Brasília (0,98%) e Fortaleza (1,36%). Recuos foram registrados apenas em Vitória (-2,96%) e Florianópolis (-0,78%).

Fonte: Jornal do Commércio

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