Com mêdo, comunidades próximas ao aeroclube querem retirada do aeroporto da área

Com informações de Marcos Pontes

27/02/13 – Sete mortes e cinco feridos. Esse é o saldo de vítimas de acidentes aéreos envolvendo aeronaves que partiram ou deveriam pousar no aeroporto do Aeroclube de Manaus, bairro Flores, zona Centro-Sul da capital, nos últimos seis anos.

O mais grave deles ocorreu em 13 de maio de 2010, quando um avião modelo Seneca 2, caiu no terreno dos Padres Salesianos no Zumbi, zona leste. Os seis passageiros a bordo morrem carbonizados, entre eles, a ex-secretária de Estado de Educação Cinthia Régia Gomes do Livramento, quatro servidores da Seduc e o piloto.

Nesta quinta-feira (28), faz um ano que o avião modelo Cessna Caravan, prefixo PT-PTB, caiu logo após a decolagem, próximo ao Centro de Distribuição da Ramsons, localizado em frente ao Aeroclube. Apenas o piloto de 54 anos, conhecido como Mineirinho, morreu no acidente.

Convivendo com o mêdo de novos acidentes, os moradores das proximidades exigem a retirada do aeroclube do local. É o caso da aposentada Lurdes Santos da Silva, que mora numa casa, bem atrás do aeródromo. “De vez em quando está caindo avião aí, né. A gente se preocupa. Claro que temos mêdo, sim. Se as autoridades pudessem assumir essa responsabilidade e tirar, a gente ficaria em paz!”

Outro morador da área, o corretor de imóveis Marcos Mendes também espera que o aeroclube seja desativado. Ele  ressalta que, além das aeronaves, os pára-quedistas e escolas de instrução de vôo, que utilizam o local, preocupam os moradores.

“É melhor tirar porque, como é uma área habitacional, é bastante perigoso e coloca as vidas de muita gente em risco. O governo tem de viabilizar um local, distante da população.”

O último acidente registrado aconteceu em 24 de janeiro deste ano, quando um avião modelo Sêneca, vindo de Tefé, no Interior do Estado, caiu na Rua Sergipe, no Parque das Laranjeiras, zona Centro-Sul. Os pilotos e dois passageiros a bordo sofreram apenas ferimentos leves.

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