Clima esquenta entre empresários, trabalhadores e Prefeitura pelo pagamento do dissídio de 2017 e ameaça de greve no transporte público continua. Impasse pode prejudicar a população

Já virou uma “novela mexicana” que se repete todo início de ano, quando é necessário pagar o dissídio dos rodoviários, que vence em maio. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Givanci Oliveira, até agora, o ano de 2017 até agora não foi pago pela empresa.

Nessa terça-feira, em entrevista coletiva na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário de Manaus (STTRM), no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, Givanci alertou:

“Estamos em busca de negociação! O que não pode é ficar como está, a categoria sem reajuste de salários, com o pagamentos constantemente atrasados e a Prefeitura não faz nada para resolver (se bem que a Prefeitura não é juiz do trabalho nem empresário) mas ficar a concessão é da Prefeitura!”

Ele explica como começa o impasse entre as classes. “Na realidade, essa coisa aconteceu em março de 2017, com o prefeito Arthuir Neto e o vice-prefeito Marcos Rotta e o Sinetram. Naquele momento, como o prefeito já tinha dado dois reajustes de tarifa, ele disse não poderia dar mais um pra contemplar o reajuste de salário e que, se a gente segurasse até janeiro de 2018, que ele iria ‘arrumar’ uma forma de equilibrar o sistema pra reajuste de salários e, até agora, não vimos nem uma coisa nem outra!”

Agora, após receberem resposta negativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) esperam que o prefeito Cumpra o acordo que firmou com a categoria em 2017.

“Se o prefeito chamar as empresas e cumprir o que ele havia nos prometido no início de 2017 e viabilizar um acordo pro equilíbrio do sistema para garantir o nosso reajuste em pelo menos 7%, isso deixaria a categoria satisfeita. E o que se deve é impagável. São mais de R$ 100 milhões FGTS, INSS. Se for ‘botar’ na caneta, não se paga, portanto queremos também o acompanhamento do Ministério Público nas negociações.”.

O sindicato dos trabalhadores também questiona a demora no julgamento do processo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), segundo eles, parado desde maio do ano passado.

“Nosso dissídio já está há 9 meses parado no Tribunal, engavetado, não sei porque não se julga isso! Quer dizer que tem de ter greve pra julgar, ora ter aumento de salário.”

Os rodoviários pedem 6,5% de reajuste, mas estão abertos a negociações com o Sinetram e a Prefeitura, antes de anunciarem greve geral.

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