‘Chão de Pequenos’ e ‘Saudades do Adolpho’ abrem programação do 14º Festival deTeatro da Amazônia.

As peças de classificação livre ‘Chão de Pequenos’, de Minas Gerais, e ‘Saudades do Adolpho’, do Amazonas, abrem oficialmente a programação do ‘14º Festival de Teatro da Amazônia’, no Teatro Amazonas, nesta quarta (9), às 17h e 20h, respectivamente. O festival terá a duração de cinco dias e segue até domingo (13) com 13 apresentações de espetáculos, sendo 8 (oito) da Amazônia, incluindo Manaus, Boa Vista e Macapá, além de outros (5) cinco de São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Minas Gerais. A programação é inteiramente gratuita.

A história de ‘Chão de Pequenos’, da Cia. Negra de Teatro, de Belo Horizonte, é uma fábula de garotos. Um queria ser piloto de corrida e o outro gostava de ouvir a quietude. Vieram da terra onde, afirmam alguns, as crianças já nascem mortas ou envelhecem ainda meninos. Texto, movimento, paisagens sonoras numa obra questionadora sobre amizade, adoção, abandono e os desabandonos. Entre a infância e a adolescência, marcados pela orfandade e o descaso da própria família. Dos orfanatos às ruas das grandes cidades, a fábula dos garotos revela a importância da empatia, do diálogo e do afeto nos dias de hoje, numa sociedade marcada pela intolerância e pelo preconceito.

Em ‘Saudades do Adolpho’, a teatróloga Ednelza Sahdo mergulha na própria vivência e memória pessoal para descrever o modo de vida e de ser dos principais personagens do histórico Mercado Municipal Adolpho Lisboa, de Manaus, entre as décadas de 50 e 70. O título da peça homenageia o próprio mercado, por meio da personificação de um português comerciante, que entre amizades e vendas, revela a bucólica e romântica cidade de Manaus.

O espetáculo é teatral, mas traz música e poesia nos 55 minutos de seu desenvolvimento. Ednelza assina o texto, dirige e faz uma participação na peça, apresentada oito vezes na capital amazonense. “A montagem foca nas pessoas que habitaram o mercado, das lembranças da época que eu era criança, jovem. Alguns parentes destes personagens reais já assistiram à peça e choraram de saudades e é isso que o público pode esperar desta sessão no festival de teatro, muita saudade de um período que vivíamos em paz, com simplicidade, mas muita felicidade”, disse Sahdo.

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