Candidato a vice de Bolsonaro, General Mourão reconhece dificuldades sobre presença do Estado na fronteira, mas reafirma necessidade de combater narcotráfico na Amazônia

Sem Jair Bolsonaro (PSL) à frente da campanha, o vice, general Hamilton Mourão, assumiu os compromissos de campanha. Em campanha nessa sexta-feira (14), em Manaus, o militar destacou que, sem o deputado, tem sido difícil.

“A campanha é centrada no candidato. Ele é o ‘mito’, o homem das massas e a agenda era muito baseada no ‘feeling’, dele. A partir do momento que ele ta ‘preso’ numa cama de hospital, essa parte da campanha morreu! Enquanto eles estiver no hospital, nós não temos a figura de proa dele junto à população. Então, eu tô continuando a fazer aquilo que nós tínhamos combinado, trabalho com grupos de lideranças locais, converso com empresários!

O General Mourão também falou como o futuro governo pretende atuar no combate ao narcotráfico na Região de fronteira.

“As vias de entrada na Amazônia são os rios, nós s[o temos o Exército! A Receita Federal, a Polícia Federal (PF), por insuficiência de efetivo, e os próprios entes do Estado do Amazonas fazem falta nisso aí, então, nós temos que buscar integrar, colocar os elementos da PF, aumentar o nosso cordão de isolamento na fronteira e também, se nós não dialogarmos, irmos lá com os dirigentes dos países vizinhos, que são os produtores de drogas -, e irmos lá em posição de conversar com os dirigentes colombianos, bolivianos e peruanos, vai ficar um combate só, do lado de cá!”

O candidato a vice ainda aguarda uma decisão de Jair Bolsonaro quanto à participação dele nos debates, já que não há previsão para saída de cabeça da chapa do hospital.

“Temos que ficar em condições de, se necessário, e ele assim determinar, representá-lo, e também não sabemos de os demais candidatos vão aceitar isso – eles poderão protestar, né (?), uma vez que eu não sou o candidato a presidente. As pessoas, quando forem à urna, no dia 7 de outubro, não vão votar em mim, vão votar nele, né?”

O General Mourão vai cumprir a agenda que já estava prevista para Bolsonaro até o final do primeiro turno. Depois do atentando, o candidato do PSL aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de votos, com 23%.

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