Campanha “Diga não ao Fogo” chegará a 22 municípios do Amazonas

Os municípios com os maiores números de registros de queimadas, principalmente da Região Metropolitana de Manaus e municípios adjacentes, além do Sul do Amazonas serão os principais alvos da campanha de educação ambiental “Diga não ao Fogo”, que começou nesta quarta-feira (03), no Interior do Amazonas. A campanha, que iniciou por Caapiranga (a 134 quilômetros em linha reta de Manaus), vai até esta quinta-feira (04) e se  estende a Iranduba (a 27 quilômetros da capital), nos dias 5 e 6 de agosto.

Promovida pelo Governo do Estado a campanha, que é executada por técnicos da gerência de Educação Ambiental do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), está prevista para atingir 22 municípios, realizando palestras, mobilizações e distribuição de cartazes em escolas, associações de moradores, sindicatos, órgãos públicos e demais agentes multiplicadores, sobre os danos das queimadas e consequências no período de estiagem.

Ainda estão previstas ações em Autazes, Careiro da Várzea, Castanho, Manaquiri, (respectivamente a 113, 25, 88, 60 quilômetros de Manaus, em linha reta). Nos municípios de Rio Preto da Eva e Manacapuru (respectivamente a 57 e 68 quilômetros da capital, em linha reta) a campanha será remarcada.

A gerência de Educação Ambiental do Ipaam realizou ações entre os dias 25 e 29 de julho nos municípios de Itacoatiara e Urucurituba (176 e 208 quilômetros de Manaus) para sensibilizar os moradores das cidades e da área rural sobre os prejuízos das queimadas no período da estiagem, alertando sobre os fenômenos climáticos, consequências para o meio ambiente e para a saúde coletiva.

De acordo com a técnica do Ipaam Vandete Costa, que coordenou a campanha, a aceitação nos municípios foi boa. “Realizamos ações voltadas para as lideranças das cidades e todos se mostraram interessados.” Como sinal de sensibilização, segundo a técnica, alguns agricultores estão juntando os resíduos agrícolas para usarem como adubo orgânico e estão tendo bons resultados, ao invés de queimarem o material e poluírem a atmosfera.

A técnica ambiental ressaltou que as palestras nas escolas geram um retorno muito positivo, uma vez que as crianças captam a mensagem rapidamente e, de certa forma, educam os pais e familiares. “As crianças são curiosas e multiplicadoras de boas maneiras, elas acabam sensibilizando os pais, porque a educação ambiental é uma questão de mudança de hábito”, afirmou.

Repressão – O Ipaam aplicou, nos seis primeiros meses do ano, R$ 541.402,68 em multas por atividades ambientais ilícitas associadas à ocorrência de queimadas em 10 municípios do Amazonas: Autazes, Barcelos (399), Careiro, Iranduba, Manacapuru, Manaus, Presidente Figueiredo (117), Rio Preto da Eva, São Sebastião do Uatumã (247) e Santa Izabel do Rio Negro (630). Os números entre parênteses são as distâncias, em quilômetros, entre os municípios e a capital, em linha reta.

O campeão de flagrantes é Manacapuru, onde os fiscais do Ipaam registraram 21 autos de infração que somaram R$ 119.688,28 em multas aplicadas a diversos infratores. Em seguida aparece Manaus, com oito autos de infração e R$ 77.271,40 em multas acumuladas.

Neste mesmo período foram registrados 1.501 focos de incêndio no Amazonas, apresentando um aumento no mês de junho, início da estiagem ou “verão amazônico”.

 

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