Bruna Linzmeyer vive viciada no cinema: “Sou a favor da legalização das drogas”

Solteira, atriz está no elenco de ‘A Frente Fria que a Chuva Traz’, de Neville D’Almeida: “Fui a puteiros no Centro do Rio”

Bruna Linzmeyer em uma das cenas do filme; sua personagem usa heroína (Foto: Divulgação )

Bruna Linzmeyer mergulhou fundo no submundo carioca para encarnar Amsterdã, uma viciada em heroína que acaba se prostituindo, em A Frente Fria que A Chuva Traz, o novo filme deNeville D’Almeida. “Fui a prostíbulos, no Centro do Rio, e passei muitas madrugadas em Copacabana, com mulheres e homens da noite”, diz a atriz, que, durante as filmagens, ainda era casada comMichel Melamed. “Agora estou solteira e tranquila”, diz. “Na época, a gente tomava uns drinques e batia papo.” O longa, com estreia marcada para o dia 28, fala do vazio existencial de uma turma de riquinhos que aluga uma laje, no topo de uma comunidade, para se drogar. “Com toda a loucura, minha personagem é a mais lúcida da história”, afirma Bruna, que se declara a favor da legalização das drogas. “Vamos acabar com o tráfico!  Precisamos de educação, para ensinar como é e como não é. Não podemos infantilizar a população. Cada um tem seu direito de escolha.”

Como é a sua personagem, a Amsterdã?

Ela é de classe média alta. Talvez seja uma mulher sem futuro. Ela se prostitui por causa do vício em heroína. É frágil, ferrada, guarda uma raiva absurda dentro dela. Mas, contudo, é lúcida. No fundo, o que todo mundo quer é amar e ser amado. Amsterdã está dentro da bolha.

Neville é conhecido por filmar ousadas cenas de sexo. Como foram as suas?

Foi bonito o encontro da nossa geração com o Neville. Tivemos uma mesma linha de pensamento, de crítica, de desejo e explosão. Mas neste filme não existe uma grande cena de nudez, de sexo. Existe o clima permeando tudo.

Bruna em uma das cenas em que sua personagem toma heroína: "Ela é mais lúcida que os outros" (Foto: Reprodução)

Fez laboratório?

Eu fui para puteiros, no Centro do Rio, e passei madrugadas em Copacabana, com mulheres e homens da noite. Quem me acompanhou foi o Michel (Melamed, ex-marido da atriz), por segurança… emocional e física. Sou conhecida e as pessoas tem um pouco de medo de se aproximarem. Outras fantasiam e floreiam histórias por causa disso. Preciso me sensibilizar, perceber os olhares. Isso é fundamental.

O que pensa a respeito das drogas?

Sou a favor da legalização da maconha, das drogas, sim. Precisamos de educação. Não podemos infantilizar a população. É como álcool, cada um tem seu direito de escolha. Vamos acabar com o tráfico, porque são os políticos que ganham com isso. As coisas só vão melhorar quando o Cunha tiver que ir a um hospital público. Chegamos num limite. Queremos uma reforma política.

 

Trailer oficial:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *