Brasília: oposição articula movimento pró impeachment. Arthur aconselha equilíbrio

A roubalheira cada vez mais confirmada na Petrobras e a crise ética e econômica fazem crescer o movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a oposição já se articula, nas duas Casas do Congresso Nacional. Nesta sexta-feira (11), o deputado federal Pauderney Avelino (DEM) confirmou o lançamento do movimento pró-impeachment de Dilma.

“Ontem, nós participamos do lançamento do Movimento Pró-Impeachment. Pela segunda vez, eu participo de um movimento igual a esse. Em 1992, eu votei a favor do impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Daqui a uns 15 dias, devemos acolher, no plenário da Câmara dos Deputados, um provável pedido de impeachment contra a presidente Dilma. Ontem, lançamos um site – o Movimento Pró-Impeachment. Nesse site, nós também temos uma petição eletrônica, que é o proimpeachment.com.br e, hoje, já temos 384.408 brasileiros que aderiram ao movimento e esperamos chegar, neste sábado (12), a 1 milhão de assinaturas. O que importa é o sentimento que está em cada brasileiro. Em 93% dos brasileiros que não aceitam mais o desgoverno do PT!”, afirma Pauderney.

Em Manaus, apesar de oposição até ferrenha contra o governo Dilma, o prefeito Arthur Virgílio Neto, uma das principais lideranças nacionais do PSDB, prefere ser cauteloso e se manifesta contrário ao impeachment.

“Eu não ou arauto do impeachment, porque tenho muita cautela com essa questão institucional. Falta, a meu ver, base jurídica para isso. A questão econômica é uma coisa – e está se deteriorando, sim – mas, hoje, eu ainda acho que é uma precipitação.”

Arthur Neto lembrou que, apesar do tratamento que ele e Manaus vêm recebendo do governo Dilma, reafirma sua convicção democrática e sugere equilíbrio, em relação ao momento político.

“Eu sou tratado com muita mesquinharia, por parte do Governo Federal. A presidente Dilma é muito mesquinha comigo! Ela coloca essa questão do partido, o fato de eu ter sido líder contra o governo Lula, duro como eu fui. Ela confunde isso e o resultado é nenhuma verba ou verbas minguadas para Manaus. Mas eu não vou me comportar com ela da mesma aneira mesquinha que ela se comporta comigo. É uma questão de caráter! O meu caráter é este! Ela que fique com o dela! Agora, não é por isso que vou sair por aí propagando a ideia de um impeachment, que eu julgo ainda prematuro. Acho que a hora, agora, é de acompanharmos mais um pouco o quadro econômico, a crise moral e aguardarmos para ver se a presidente tem ou não tem envolvimento efetivo com a questão Lava Jato. Isso, pra mim, não está devidamente provado! Embora eu quisesse outro candidato – todo mundo sabe o quanto eu lutei pelo Aécio (Neves), eu não troco de presidente como quem troca de blusa. Porque está calor e eu saí pela manhã, vou usar outra à tarde !? Não troco de presidente assim! Ela se elegeu inclusive para resolver a crise que ela mesma criou e, tomara que ela seja capaz de oferecer essa resposta. No momento, não está oferecendo! Mas o impeachment ainda é ‘temprano’!”

Até hoje, como todo mundo sabe, o único impeachment de um presidente brasileiro foi o do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Melo (PRTB).

* tem.pra.no – tempo, em espanhol

cedo, nas primeiras horas do dia;
cedo, no início de um determinado período;
Dende temprano entamó a trabayar como mineru. (Desde cedo começou a trabalhar como mineiro.)
cedo, prematuramente, antes do previsto.

Fonte: Wikcionário

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