Sob reclamações de familiares por causa da demora nos procedimentos, recomeçaram nesta manhã (30) as buscas dos mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBM-AM) pelos corpos das desaparecidos após acidente no rio Tarumã, na orla Oeste de Manaus.
De acordo com os familiares dos desaparecidos, que reclamaram da demorara dos bombeiros para o resgate das vítimas, falta interesse das equipes do CBM-AM pelo caso.
Segundo a assessoria de imprensa da Corporação, os procedimentos das equipes de mergulhadores estão ocorrendo normalmente. “Um mergulha, um pilota e outro monitora. Ha um revesamento, porque existe o tempo de mergulho para cada um, de acordo com o protocolo de segurança preestabelecido, Portanto, procedimento normal”, justifica a assessoria.
As famílias das vítimas estão swasw a noite do último domingo (28), no local do acidente, acompanhando as buscas. Os desaparecidos são três homens de uma mesma família, sendo dois irmãos e um genro de um deles. Eles deixaram comunidade onde moravam próximo a Manaus para levar o pai, um senhor idoso, que passou mal no fim de semana, porém, acabaram não voltando para casa. Uma das vítimas é o agricultor Luiz Rodrigues de Souza, de 49 anos.
Passava de meia-noite do domingo, quando os três homens deixaram o pontão, que é um posto de gasolina sobre a água, e partiram em direção a comunidade Ebenezer. Quando chegaram no ponto mais à frente, uma outra embarcação passou por cima do barco deles sem dar chance de defesa e nem prestar socorro. Na segunda-feira (29), as buscas foram iniciadas, mas sem sucesso.
A professora Marta Morais, filha de uma das vítimas, afirma que tentou pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros logo nas primeiras horas da manhã, mas teve dificuldades, porque, segundo ela, a guarnição fluvial não tinha combustível para se deslocar até o local da colisão. A professora informou, também, que já há suspeitas sobre a lancha que causou o acidente, na madrugada de domingo para segunda-feira.
O Corpo de Bombeiros informou que não procede a informação da falta de combustível para atender a ocorrência registrada no 193. A corporação afirma ainda, que as ocorrências de afogamento demandam tempo para coleta de dados com familiares, testemunhas e equipagem dos militares, procedimento padrão neste tipo de situação.