Até as mães: cresce o número de mulheres presas tentando entrar com drogas nos presídios do AM

– (raio X de flagrante de drogas em partes íntimas- imagem apenas ilustrativa) – De janeiro a agosto desde ano, aumentou em 75% o número de mulheres presas tentando entrar nos presídios do Amazonas com entorpecentes escondidos em partes íntimas. O secretário da Administração Penitenciária, coronel PM Cleitmann Coelho, explica como as infratoras tem sido detectadas e  presas.

“Hoje nós temos um ‘body scam’, que é o scanner corporal, que, por meio das imagens, nos permite identificar a alteração no corpo, e, a partir desse momento ela convidada a ir a uma sala reservada, onde tem de agentes femininas, que as convidam a retirar o objeto, ou ela passa por uma mais rigorosa – tendo até que se despir – pra que a gente possa identificar e retirar essa porção de entorpecente e conduzi-las para a delegacia.”

o militar detalha que não são apenas as companheiras, mas também as próprias mães acabam cedendo às chantagens dos filhos.

“Essa prática é feita pra que ela possa quitar uma dívida que ela ou um parente tenha dentro ou fora da cadeia, e então ela se submete a isso. Ou, muitas vezes, até pelo próprio familiar – esposo, companheiro ou pelo próprio filho, para manter o vício ou vender essa droga dentro da cadeia, pra ter algum tipo de recurso, de dinheiro, ele faz na cadeia e a família recebe aqui fora. Então nós temos encontrado       várias mulheres que estão sendo até coagidas pelo esposo e pelo próprio filho, pelo filho, para que elas façam isso.”

Vinte e um casos foram registrados até o mês passado e 12 mulheres estão presas no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), onde o fato também ocorre, de forma mais tímida, aguardam julgamento.

A delegada de Crimes contra as Mulheres, Débora Mafra explica que muitas mulheres se submetem a essas situações movidas pelo sentimento.

“A mulher, quando ela ama, ela faz as coisas com boa vontade; ela passa por cima da lei, e é o que tá acontecendo, só que o que ocorre? Tem a consequência dela ser presa! Se ela estiver sendo coagida, é violência doméstica ela pode vir até aqui (na delegacia). Se ela está fazendo por amor, ela que acorde, porque não vale a pena. Ela tem que se amar primeiro, pra depois amar o próximo.”

Os casos são registrados com mais freqüência nas unidades Anísio Jobim, no Puraquequara, zona rural de Manaus.

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