Após serviço de ‘delivery’ misterioso, Cadeia Pública vive mais uma tarde de tumulto

02/05/13 – Pedriane Rafael dos Santos, de 19 anos, foi presa e um adolescente de 16 anos foi apreendido, na tarde desta quinta-feira (02), por volta de 14h, acusados de jogar objetos para dentro da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, localizada na Rua Sete de Setembro, no Centro da cidade.

De acordo com o policial militar do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), cabo Freitas Hidelgado, a equipe foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), que registrou as imagens da dupla jogando os objetos. Os dois foram presis ainda em frente à cadeia.

Segundo a policia, com eles foi apreendido um celular com várias mensagens que podem ter sido enviadas de dentro do presídio. Nas conversas, alguém solicita algo, usando o termo “arrego”, conhecido no jargão policial. Em outra mensagem, a pessoa informa que está esperando os objetos serem jogado, e que, se demorar, vai voltar para o pavilhão. O celular também foi entregue à policia como peça da investigação.

Uma hora depois da prisão do casal, um tumulto irrompeu na ala feminina da cadeia. De longe, era possível avistar uma fumaça escura. Do lado de fora, era possível ouvir gritos de mulheres. Policiais militares das Rondas Osensivas Cândido Mariano (ROCAM) e da Força Tática foram acionados. O tumulto foi controlada duas horas depois.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Justiça e Direitos Humanos (SEJUS), informou que o tumulto não tem relação com a prisão dos dois jovens. O problema teria começado com a internas que estavam na área de circulação da cadeia e queriam impedir a manutenção que esta sendo feita nas celas da casa de detenção.

Ainda segundo a assessoria da SEJUS, desde segunda-feira (29), estão sendo feitos os reparos como reforço na soldagem das barras de ferro e, por conta de disso, as detentas se revoltaram e atearam fogo em um colchão. Não houve revista e nem transferência, após o tumulto.

A Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa ainda é o maior problema do sistema prisional do Estado por conta da superlotação. Hoje, a população carcerária, na ala feminina, é de 63 internas, que estão regime provisório, aguardando julgamento.

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