As horas que se seguiram ao anúncio de redução da Taxa Ambiental Veicular foi de desencontro e informações. Motoristas que acompanharam a coletiva na mídia, foram até o parque de vistoria das duas empresas instaladas na avenida das Torres em Manaus. mas não conseguiram o objetivo: pagar mais barato.
Os agricultores da BR 174 Silvio Correia e Lincoln Couto ficaram aborrecidos com o anúncio que eles classificaram como falso.
Silvio – “Tô exigindo meu direito! Se o governador determinou, alguém tem de cumprir, né?”
Lincoln – “Vim pagar agora e, inclusive a gente mora na estrada, né(?), da BR 174. A gente chega a qui p’ra pagar o IPVA. Nem sabia disso. Tive uma surpresa. Quer dizer, tô deixando de pagar outras coisas p’ra cumprir com isso aqui. Aí, chego aqui e tem esse desconto. E aí, a gente vai ficar como?”
Os motoristas ficaram aborrecidos com razão. Horas antes, na sede do governo em Manaus, o diretor-presidente do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Leonel Feitosa, convocou a imprensa para anunciar que o valor da tal taxa ambiental veicular cairia pela metade a partir daquele momento: de R$ 133,00 para R$ 66,00. Segundo o diretor, a redução foi determinada pelo governador interino Davi Almeida.
“Nós iremos aplicar,a partir de hoje(segunda-feira), essa determinação do senhor governador!”
Na empresa BCB, o coordenador operacional foi claro. Disse que não recebeu nenhuma notificação oficial e que continuaria cobrando a taxa antiga. O mesmo ocorreu na empresa nova geração.
“A gente ainda não foi notificado sobre o assunto. Estamos cobrando a taxa que está em vigor!”
Questionado sobre a reposição do dinheiro para quem pagou o valor integral, o diretor do Detran-AM destacou que isso vai depender da empresa ou da Justiça.
“Quem licenciou na quinta ou na sexta-feira, terá de ir à empresa ou, se achar que tem direitos, terá de ir ao Poder Judiciário para que possa ter o dinheiro ressarcido!”
Na possibilidade não quer devolver o dinheiro, Leonel Feitoza afirmou queisso não cabe ao Detran-AM.
Já o representante da empresa rebateu. Disse que a última palavra é sim do Detran-AM.
“A nossa empresa tem a maior boa vontade, caso isso seja determinado pelo órgão credenciador, que é o Detran. Nós estamos aqui prontos pra isso e, se nós recebermos orientação nesse sentido, com certeza a empresa fará!”
No meio da confusão, o motorista que precisa licenciar o veículo mas vai ter de aguardar até que o Detran-AM e empresas que realizam o serviço se entendam.