Após identificação do vazamento, serviços na Emílio Moreira ganham agilidade e Seminf diz que obras serão concluídas “no menor tempo possível”

– (fotos: Diego Caja / Seminf) – Após 60 horas ininterruptas de trabalho na galeria de drenagem profunda localizada na Rua Emílio Moreira, bairro Praça 14 de Janeiro, zona Sul, servidores da Prefeitura de Manaus detectaram o local exato do vazamento que ocasionou o afundamento na pista, em uma profundidade de mais de 12 metros. Técnicos da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seminf) e trabalhadores de outros órgãos seguem atuando na área.

A tubulação danificada fica embaixo de uma casa, onde a família precisou ser retirada para que os trabalhos fossem executados com cautela. Mais de 100 colaboradores estão envolvidos no serviço, entre eles engenheiros, técnicos em edificações, topógrafos e servidores dos distritos de obras que trabalham para sanar o problema.

Neste sábado (16/3), os esforços estão concentrados em consertar o vazamento e substituir a rede, que tem aproximadamente 70 anos por outra mais moderna em tubos de concreto armado dimensionado para a vazão correta das águas. Na sequência, será feito o reaterro até o nível da tubulação da concessionária Águas de Manaus, que fará a religação da adutora que precisou ser desligada e, depois, será concluído o reaterro e a recomposição pavimento.

O empenho de toda a equipe é para que o serviço possa ser finalizado no menor tempo possível e, segundo o secretário da Seminf, Kelton Aguiar, com a descoberta do local do vazamento, agora o serviço vai ser feito com mais agilidade. “Sabemos do enorme transtorno que uma obra dessa magnitude causa, mas, por determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, colocamos todo o ‘staff’ técnico da Seminf para que o serviço tenha a maior agilidade possível”, disse.

A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) foi acionada duas vezes para ir até o local, onde estão sendo realizados os reparos da via. Foram identificadas duas famílias com o perfil para o recebimento do benefício Auxílio-Aluguel. Uma delas já foi inserida no benefício e a outra se recusa a sair da sua residência, mesmo com a estrutura comprometida.

O trecho em obras, entre as avenidas Tarumã e Tefé, segue interditado e o trânsito na área é monitorado por agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans). A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Manaus (Ageman) e a Defesa Civil Municipal também acompanham os trabalhos.

O rompimento na drenagem na Emílio Moreira surgiu na noite do último dia 13, com o afundamento de parte da via. Imediatamente, as equipes de pronta-resposta da prefeitura se deslocaram ao local e iniciaram as escavações para identificar o ponto exato do rompimento na tubulação.

 

Dias de transtornos 

Nos bairros atingidos pela suspensão do fornecimento de água, os dois últimos dias foram de transtornos para os moradores.

As famílias afetadas tiveram de recorrer aos vizinhos, amigos e parentes para tomar banho, por exemplo. A chuva foi bem-vinda. Muita gente aproveitou para tomar banho, limpar a casa e até abastecer alguns recipientes. O jeito foi relembrar a conhecida “lata d’água na cabeça.”

Quem pode, teve de comprar água mineral para beber e até para fazer comida.

Nas residências, os mais prejudicados pela falta da água são os doentes idosos e crianças. No comércio, os dois lados da moeda: restaurantes, lanchonetes e fabricantes de sorvetes e picolés ficaram prejudicados. Por outro lado, os revendedores de água, postos e lojas de conveniência faturam com a venda do produto.

A Prefeitura teve de disponibilizar caminhões-pipas para o abastecimento de locais prioritários como os hospitais e maternidades da rede pública de saúde, onde a economia está sendo sugerida.

 

 

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