Após discussão, Tico Santa Cruz é expulso de avião da Gol

O músico foi impedido de sentar em uma poltrona mais espaçosa, pela qual não havia pago uma taxa extra. Ele promete processar a companhia aérea

Tico Santa Cruz foi expulso nesta quarta-feira de um avião da Gol que faria o trajeto entre São Paulo e Maringá, no Paraná. O músico discutiu com funcionários da companhia depois de ser impedido de sentar em uma poltrona diferente da que estava marcada em sua passagem – ele tentou viajar no chamado “assento conforto”, que é mais espaçoso do que os demais e pelo qual a empresa aérea costuma sobrar uma taxa extra. Depois de um duradouro bate-boca, a Polícia Federal foi chamada e o cantor, embora tenha aceitado trocar de lugar, foi retirado da aeronave.

Diversos passageiros – a maioria irritada com o atraso do voo – filmaram a discussão. Santa Cruz afirmou várias vezes que “a companhia estava errada” e chegou a perguntar se havia algum advogado no avião. Ao mesmo tempo, alguns passageiros pediam que ele saísse da poltrona porque “precisavam trabalhar” e chamaram o músico de “arrogante”. “Eu não sou arrogante, eu tentei pagar e eles não aceitaram. Eu estou aqui com o dinheiro para pagar”, disse o cantor, que tirou dinheiro de sua carteira e tentou entregar para uma aeromoça, que recusou.

Depois de ser expulso do avião, o cantor publicou um vídeo em seu Facebook relatando o ocorrido. “Acabei de ser expulso de um avião da Gol. Eu estava me encaminhando para Maringá, onde tenho hoje uma palestra por volta das 19h e teria uma visita em uma ONG à tarde, que vai ser cancelada por causa da expulsão”, disse. “Eu esperei a madrugada toda para comprar um assento conforto na aeronave e não consegui. Fiz check-in, coloquei meu assento em um lugar qualquer. Esperei que todas as pessoas embarcassem, até o ultimo para não pegar o de ninguém. Coloquei minhas malas no lugar adequado e fui até o assento número 1, que estava vazio. Todo mundo já tinha embarcado”, explicou o cantor. “Uma pessoa que estava do meu lado chegou a ceder o lugar e foi para trás no assento que eu estava, ainda assim a tripulação insistiu em me tirar do voo, começou a criar um tumulto, um constrangimento coletivo, as pessoas começaram a gritar, a xingar, reclamar, com razão, porque tava 40 minutos já atrasado.”

Tico ainda alegou que a companhia não pode cobrar taxas extras pelos assentos confortos. “Estou aqui com o artigo na mão, do Código de Defesa do Consumidor, que determina que não se pode elevar sem justa causa o preço de serviços prestados, não é permitido a cobrança porque não há diferença neste tipo de aeronave. Não existe nesse avião classe A, B, primeira classe, todos os assentos são iguais”, afirmou.

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