Amazônia registra a maior taxa de desmatamento desde 2008

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O aumento do desmatamento entre 2015 e 2016 foi destaque da mídia nacional especializada em meio ambiente na última quinzena. O desmatamento na Amazônia chegou a 7.989 km2, área equivalente a cinco municípios de São Paulo. É o valor mais alto registrado desde 2008, ano em que foi registrado o pico da devastação na floresta. Diferente dos anos anteriores, o governo federal não fez alarde com o anúncio.

Segundo o coordenador do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa dos Observatório do Clima, Tasso Azevedo, o desmatamento deste ano acrescenta 130 milhões de toneladas de gás carbônico às emissões do Brasil. O Pará foi responsável por 40% da floresta perdida. O estado recebeu, segundo levantamento do G1, quase R$ 1 bilhão em multa aplicadas pelo Ibama. Entre os crimes ambientais estão a compra, venda e transporte de madeira ilegal. Durante evento na Conferência de Clima (COP 22), em Marrakech, o secretário de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, reconheceu que o combate ao desmatamento no Brasil está estagnado.

O fim da COP 22 também mereceu destaque da imprensa especializada. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, foi alvo de polêmica ao falar durante a conferência que os compromissos assumidos pelo Brasil no acordo de Paris são apenas “intenções” e que as mortes de ambientalistas no campo no Brasil eram “problemas de relacionamento”.

Segundo o ministro, o setor agropecuário não vai cumprir suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa a não ser que alguém, que não o próprio setor, pague por isso.

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