Alunos da rede municipal de ensino que já estão sem fardamento, podem perder o material didático, alerta o Sinteam

Além de ficar sem fardamento, as crianças da rede municipal de ensino correm o risco de ficar também sem material didático. O alerta é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), que foi informado que o convênio com a empresa Positivo, fornecedora de livros, não foi renovado. “Soubemos que algumas escolas vão ter que usar material que sobrou de anos anteriores. E quem não guardou, como fica?”, disse o presidente do Sinteam, professor Marcus Libório.

Na escola Municipal Terezinha Moura, professores já começaram a utilizar os livros fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) em 2014. “Nós guardamos e tivemos que usar porque soubemos que o convênio com a Positivo não foi renovado”, disse o professor Jorge Alencar.

“A desculpa é sempre a crise, mas a prefeitura recebe recursos para serem usados especificamente em educação via Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação)”, explicou Libório.

De acordo com a lei do Fundeb, 40% do recurso podem ser usados para manutenção e desenvolvimento do ensino, como a aquisição de material didático e fardamento. Os outros 60% devem ser usados para o pagamento de profissionais da educação.

Também falta merenda escolar
A merenda escolar é outro item que voltou a faltar nas escolas municipais. Na Escola Municipal Padre Caleri, localizada na BR-174, as crianças estão almoçando biscoito maisena com suco. A informação é que o pagamento da empresa que fornece gás está atrasado e o serviço suspenso. “Daí para não ter que usar o fogão, servem bolacha e suco para os alunos”, disse o presidente do sindicato.

O Sinteam tomou conhecimento do problema quando esteve na escola essa semana, mas disse que é competência do Conselho Municipal de Alimentação Escolar e da Divisão de Alimentação da Semed fiscalizar. “Soubemos que a Semed já tem ciência do problema mas nada foi feito para saná-lo”, afirmou Libório.

Estudando no calor
Desde o ano passado, os aparelhos de ar condicionado da Escola Municipal Erasmo Linhares, no Parque das Nações, não funcionam. O problema também acontece na Escola Estadual Leonila Marinho. “São pelo menos cinco salas sem ar condicionado com 40 alunos cada”, disse.

 

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