Alta do desemprego provoca aumento da desigualdade

Desde o início do segundo mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff, a desigualdade entre os que compõem a força de trabalho subiu 3%, aponta estudo

Carteira de trabalho
Desde o início do segundo mandato de Dilma Rousseff, desigualdade entre os que compõem a força de trabalho aumentou quase 3%(Camila Domingues/Palácio Piratini/Fotos Públicas)

O aumento do desemprego tem feito com que a desigualdade volte a crescer no país. De acordo com reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S.Paulo, desde o início do segundo mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff, a desigualdade entre os que compõem a força de trabalho (desempregados e ocupados) subiu quase 3% — número alto para um indicador que varia pouco ao longo do tempo. Nesse período, a taxa de desemprego subiu de 7,9% para 10,9%.

A alta na desigualdade é objeto de estudo do professor da USP Rodolfo Hoffmann, especialista em políticas sociais. Ele usou dados do IBGE para estudar o impacto da falta de vagas. O levantamento se baseia em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), cuja série começou em 2012.

A métrica mais apurada para medir a desigualdade é a renda dividida por morador de um domicílio. Este dado só é divulgado pelo IBGE uma vez por ano, em setembro. Até lá, para não ficar no escuro, especialistas costumam usar como régua a renda dos trabalhadores ocupados.

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“Como uma característica importante da crise é o aumento do desemprego, é mais apropriado analisar a distribuição do rendimento da força de trabalho, e não apenas dos ocupados. Considerar apenas os ocupados implica desconsiderar os desempregados”, diz. Nos primeiros três meses do ano, de acordo com o IBGE, 11,089 milhões de pessoas tentaram, sem êxito, se ocupar.

 

Fonte: VEJA

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