Advogada assassinada mantinha relacionamento amoroso com cliente, que é suspeito do crime, diz delegado

DELEGADO IVO MARTINS (10)

Weliton Barros Miranda, de 25 anos, conhecido como “Pastel”, mantinha um relacionamento amoroso com a advogada Mara Inês Ribeiro de Lima, de  49 anos. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (08), pelo titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), delegado Ivo Martins, durante coletiva de imprensa realizada pela manhã, no prédio da especializada, sobre o cumprimento do mandado de prisão temporária em nome de Weliton. A advogada foi encontrada morta na manhã da última quarta-feira (03), em um matagal, no ramal da Praia Dourada, bairro Tarumã, zona Oeste.

De acordo com Ivo Martins, além de ter sido cliente da vítima, o rapaz que é suspeito de ter participado do homicídio da advogada, mantinha um relacionamento amoroso com a advogada.  O titular da DEHS informou que Weliton compareceu na última sexta-feira (05), à especializada, para prestar depoimento sobre o caso. Diante das contradições identificadas pela equipe da unidade policial, ele foi chamado na manhã do dia seguinte, dia 6, por volta das 10h, para prestar novos esclarecimentos e recebeu voz de prisão. O mandado de prisão temporária em nome de Weliton foi expedido horas antes, pela juíza Anagali Marcon Bertazzo, do Plantão Criminal.

Durante a coletiva de imprensa Ivo Martins destacou que a vítima estava desaparecida desde o último dia 31 de julho. O delegado explicou que representou o pedido do mandado de prisão temporária após ele apresentar versões contraditórias, ao longo do primeiro depoimento.

“A prisão dele foi necessária para que possamos avançar nas investigações. No dia em que a advogada desapareceu, ela teria ido encontrar Weliton. Ele declarou que encontrou a vítima naquele dia, mas nega participação no crime. O que chama mais atenção é o fato de que a doutora Mara Inês mantinha, além da questão processual, uma relação íntima com Welinton”, disse Martins.

O titular da DEHS relatou que existem informações, que já estão anexadas ao inquérito policial, que não condizem com o que “Pastel” alegou em oitiva. “Weliton informou que estava foragido há uma semana do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde cumpria pena por roubo e associação criminosa. Entretanto, sabemos que ele estava foragido do sistema prisional há três meses. As investigações apontam, ainda, que ele continua cometendo infrações penais”, informou.

Ao longo da coletiva de imprensa, Ivo Martins esclareceu que a prisão de Weliton faz parte do conjunto investigatório e que não encerrou os trabalhos em torno do homicídio da advogada. “É possível que outras pessoas, que já estão sendo investigadas, estejam envolvidas no crime. Assim como estamos trabalhando com outras linhas de investigação, também relacionadas ao eventual envolvimento da advogada com outros clientes. Algumas situações precisam ser esclarecidas”, argumentou.

O titular da DEHS informou, ainda, que o carro da vítima, modelo Prisma, de cor preta e placas NOX – 3175, foi encontrado por policiais militares da 5ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) na manhã de ontem, dia 7, por volta das 5h, abandonado na Avenida Brasil, bairro Santo Antônio, zona Oeste da cidade. As placas do veículo estavam adulteradas e a parte dianteira do automóvel estava danificada.

Finalizando, a autoridade policial ressaltou que o mandado de prisão temporária em nome de Weliton tem validade de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Com isso, “Pastel” seguirá preso, à disposição das autoridades policiais, até o término das investigações.

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