Adolescentes estão procurando mais os serviços de saúde

Atendimento médico a adolescente que cumpre medida socioeducativa - FOTO Alberto Passos - Ascom Fasepa

Aumentou em quase 15% o número de adolescentes que procuraram alguma unidade de saúde, entre os anos de 2012 e 2015, em todo o país. O total chegou a 55,3% em 2015 contra 48,2% em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, feita com estudantes de 13 a 15 anos.

Para a coordenadora-geral de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cheila Lima, a caderneta da saúde contribuiu para este aumento.

“Hoje a partir do momento que o adolescente tem a caderneta dele, ele mesmo vai lendo e observando os cuidados que ele tem que ter com a saúde. Então isso tudo estimula a ida dele aos serviços de saúde. E chamo atenção também para o aumento da oferta do acesso facilita isso. Às vezes é promoção da saúde, às vezes prevenção e às vezes o cuidado. Não necessariamente por doença”.

Segundo a Pesquisa, 45% dos adolescentes foram a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Outros 23% foram atendidos em consultórios ou clínicas particulares. Em geral, os resultados da pesquisa são favoráveis. O que ainda preocupa o Ministério da Saúde é o uso do preservativo nas relações sexuais, que, apesar de ser superior a 66% dos casos, ainda precisa aumentar.

“A gente precisa também sensibilizar a sociedade de uma maneira geral que isso chegue às famílias para a gente ter um diálogo aberto com os jovens. E também remodela os nossos processos de trabalho. Como é que os profissionais estão fazendo o diálogo com esses adolescentes que estão buscando mais o serviço de saúde no sentido de utilizar o preservativo como proteção e prevenção para sua vida? Apesar de a gente ter um percentual maior pra quem usa, esse percentual de não uso nós ficamos preocupados também”.

 A pesquisa do Ministério da Saúde foi feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e o Ministério da Educação (MEC). Foram ouvidos 102 mil estudantes em mais de três mil escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Para o Ministério da Saúde, os bons resultados com os adolescentes também se deve ao Programa Saúde na Escola, que leva informações e alertas aos adolescentes.

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