Poucos minutos depois que o tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamou o resultado do julgamento que cassou o mandato do governador José Melo (PROS), o senador Eduardo Braga (PMDB), iniciou as articulações para ser candidato ao governo.

Braga, que foi o autor da representação contra Melo, na Justiça Eleitoral, foi surpreendido com o resultado do julgamento. O senador achava que seria convocado para assumir o governo, como segundo colocado.

O voto divergente do ministro Luis Roberto Barroso, seguido por mais 4 ministros, definiu que a sucessão se dará por eleição direta.

Braga não contou história. Ainda ontem, disparou dezenas de telefonemas para lideranças políticas, pedindo apoio para ser candidato. Agora de manhã, vai conversar com o prefeito Artur Virgílio Neto (PSDB), que defende a candidatura do vice, Marcos Rotta (PMDB).

Se conseguir viabilizar a candidatura, Braga terá que enfrentar duras acusações de recebimento de propina.

Dirigentes da empreiteira Andrade Gutierrez acusam Braga de exigir pagamento de propina de 10% de todas as obras realizadas no Amazonas, durante o governo dele. A obra do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) – direcionada para aos pobres e carro chefe de Eduardo Braga no Governo, foi carimbada com a tarja da corrupção. Só a obra do Prosamim rendeu mais de R$ 100 milhões para o acusado, na Lava Jato.

Ainda tem os R$ 30 milhões da Arena da Amazônia.

Será que o povo amazonense vai aceitar Braga comandando o governo outra vez?

PS: a obra do PROSAMIN ainda não acabou!