Acusado de matar menina de 7 anos confessa crime, perde perdão à família da vítima e “estipula” pena que deve cumprir

Francinaldo Marialva Pereira, de 26 anos, foi apresentado na manhã  desta terça-feira (14), na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Segundo o delegado titular, Ivo Martins, o ajudante de pedreiro foi o autor do homicídio de Jhuliany Souza da Silva, 7 anos, assassinada no fim de semana. A menina que estava desaparecida desde a última sexta-feira (10), foi encontrada morta, enterrada no quintal da casa do vizinho, na segunda-feira (13).

“No primeiro depoimento, Francinaldo falou que apenas enterrou a criança, tentou colocar uma terceira pessoa como responsável por atrair a vítima para a casa dele, e alegou que essa outra pessoa teria a violentado. Em um novo interrogatório, ele (Francinaldo) confessou ter chamado a Jhuliany para dentro da casa, em seguida a esganou, e quando ela desfaleceu, chegou a tocar nas partes íntimas. Depois ele resolveu enterrá-la”, disse o delegado Ivo Martins.

Na delegacia, Francinaldo não só confessou o homicídio, como também deu detalhes do crime bárbaro praticado contra a menina de apenas 7 anos de idade.

“Estava há três dias tomando loló, aí acordei. Estava meio doido. Ela apareceu lá na frente, eu chamei e ela foi. Foi o que aconteceu, de eu enforcar ela, aí ela chegou a falecer. Tirei a roupa dela, daí foi uns cinco minutos, porque fiquei nervoso e já enterrei logo com medo”, disse. “Eu estava doidão. Não sei nem explicar o que aconteceu. Estava drogado”, acrescentou.

A mãe da menina, Lucenilda Silva de Souza, que acompanhou a apresentação do suspeito na Delegacia Geral estava inconsolada com morte brutal da filha praticada pelo vizinho que ajudou nas buscas e ainda participou de correntes de oração pelo sumiço da menina.

O delegado Luiz Rocha, adjunto da Especializada em Homicídios e Sequestros, disse que a polícia ainda aguarda o laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML) para descobrir se o ajudante de pedreiro praticou um estupro ou abusou da menina quando ela já estava morta.

“O laudo ficará pronto nos próximos 30 dias. Já temos os elementos concretos e sabemos que ele a matou por um motivo fútil e ocultou o cadáver”, explicou Rocha.

Com a foto da filha estampada em um banner, a mãe de Jhuliany, cobrou punição ao culpado.

Francinaldo Marialva Pereira vai responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A questão do estupro vai depender do resultado do laudo do IML que deve ser emitido em 30 dias. Ele será encaminhado a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *