No Amazonas, finalistas de medicina participam pela primeira vez de avaliação prática

Cerca de 200 alunos e professores participaram da avaliação que visa melhor avaliar os candidatos que buscam vagas do Programa de Residência Médica local. A iniciativa é da Comissão estadual de Residência Médica, sob a orientação da professora Maria do Patrocínio Tenório da Universidade de São Paulo (USP) e que orientou as primeiras provas práticas no Brasil. “Fiquei muito feliz e surpresa com o interesse dos professores das três faculdades de medicina aqui do Amazonas, UEA, Ufam e Nilton Lins, em se interessarem em aprimorar o processo de avaliação, incluindo a prova prática. A prova prática permite que nós possamos avaliar atitudes e habilidades que uma prova escrita, por melhor e mais bem preparada que seja, não permite avaliar”, destacou.

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A cada 10 minutos, formandos ou egressos dos cursos de medicina das três universidades que oferecem o curso no Amazonas, trocam de sala. No total são 5 estações que simulam situações do dia-a-dia do atendimento nos consultórios. Atrás das portas estão casos curiosos que testam as habilidades dos profissionais e futuros profissionais. Todo o processo é acompanhando por professores dos cursos de medicina que dão nota para a desenvoltura e técnica usada para solucionar os problemas.

No consultório de um hospital, participantes têm a dura missão de contar para a família de um paciente sobre a morte do ente querido. Mas a reação agressiva é algo acaba pegando muitos de surpresa. Tudo não passa de simulação, o paciente é um ator, mas a cena é rodeada de tanta emoção, que derruba em lágrimas até quem já concluiu o curso de medicina.

Iolanda Souza  cursou na Universidade Federal do Amazonas e pleiteia uma vaga para o programa de residência médica. Descobriu com a simulação que precisa fortalecer o lado emocional numa situação semelhante. “Não tem jeito, você tem que informar que o ente querido veio a falecer. Você fica sem palavras, e até tentamos dizer que tentamos de tudo o possível para salvá-lo, mas nenhuma explicação é suficiente”.

 

A iniciativa da Comissão Estadual de Residência Médica é inédita no Amazonas, como destacou Jucemar Carneiro Nunes, presidente da Comissão Estadual de Residência Médica.

“Isso era um anseio da comunidade acadêmica de medicina do estado do Amazonas, a melhoria da qualidade da avaliação prática dos alunos que são egressos do curso médico e vão pleitear uma vaga nos nossos cursos de residência médica do estado”, comemorou o presidente da Comissão.

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