Moradores e comerciantes fazem manifestação, nesta manhã, contra instalação de unidade de ressocialização de detentos na zona Oeste de Manaus

Sindicatos e associações de moradores e comerciantes do Tarumã e Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus, fazem manifestação, na manhã deste sábado (7), contra a instalação de uma unidade prisional na área. O ato de mobilização, que começou às 10h, está sendo realizado no cruzamento da Avenida do Turismo com a Avenida Santos Dumont, conhecida estrada do aeroporto, também na zona Oeste da capital. O tráfego ficou travado, mas uma equipe do Instituto Municipal de Engenharia e Fisicacalização do Trânsito (Manaustrans) acompanha o protesto na área.

A unidade foi anunciada pela Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), e, segundo o secretário, coronel PM Cleitmann Coelho Rabelo, abrigaria um projeto de ressocialização de presos do regime semi aberto, em “atividade labora”, ou seja, trabalho. Em Nota, esta semana, a Seap informou que o aluguel de um galpão na zona Oeste ainda está em tratativas, mas que ainda não está definido e que o local fica distante da área residencial.

Um dos síndicos de condomínios da área, Joab Hardman, disse que é preciso agir enquanto o projeto ainda está apenas no papel.

“A gente teve uma experiência com a unidade peal na 7 de Setembro, no Centro. Foi provado e demonstrado diversas vezes     que foi uma catástrofe, então a gente teme que também seja uma catástrofe colocar uma unidade penal numa área urbana, domiciliar e turística da cidade.”

A declaração foi durante uma reunião realizada com 70 representantes de toda a área, que inclui, além dos condomínios e comércios, os bairros Campos Sales e balneário Tarumã, que ficariam mais próximos à unidade penal.

“O movimento é de moradores e comerciantes da Ponta Negra e Tarumã, que compreende Campos Sales e adjacências. Eles são afetados, então a gente ta querendo discutir, debater, também. O movimento não é só de condomínios, não é só de comerciantes e moradores da Avenida do Turismo e, sim, moradores do Tarumã e  Ponta Negra, e eles serão atingidos, sim!”

Foram criadas duas comissões de ações, a primeira a jurídica, que divulgou uma nota de repúdio solicitando estudo de impacto a vizinhança e a segunda de mobilização que vai realizar a coleta de assinaturas para ajuizar no Ministério Público do Estado.

“A Comissão Jurídica tem como objetivo principal saber se houve um estudo prévio de impacto de vizinhança; se o local da unidade penal tem todas as licenças e se houve uma consulta pública.”

 

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