Suspeitos de chacina, policiais militares presos na “Operação Alcateia” também responderão por tráfico de drogas

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A operação conjunta, deflagrada pelas polícias Civil, Militar e Federal, batizada de “Alcateia”, teve como objetivo prender um grupo criminoso de policiais militares suspeitos de envolvimento nas execuções ocorridas no mês de julho deste ano, quando ao menos 34 pessoas foram assassinadas, na capital amazonense, após a morte de um sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), morto a tiros em frente a um agência bancária, no bairro Educandos, zona Sul da cidade.

De acordo com o secretário da Segurança do Amazonas, delegado federal Sérgio Fontes, 12 policiais militares foram presos, entre eles, 11 praças e um oficial. Outras três pessoas também foram detidas. Segundo a polícia, com os suspeitos foram apreendidos seis carros, uma moto, seis pistolas ponto 40, cinco revólveres calibre 38, duas pistolas ponto 380, uma escopeta, uma arma de choque, munições e 1 kg de cocaína.

Segundo o delegado federal Leandro Almada, responsável pela operação, o grupo de policiais militares agiu de forma coordenada, no final de semana sangrento.

Segundo as investigações, os suspeitos teriam envolvimento com ao menos 20 homicídios e 12 tentativas de homicídios, ocorridos na capital do Estado. Leandro Almada disse também que, além dos homicídios, o grupo criminoso composto por PM’s atuava para se apoderar de armas e drogas que eram negociadas com narcotraficantes.

O comandante geral da PM-AM, coronel  James Frota, disse que alguns dos policiais presos já respondiam medidas disciplinares na corregedoria da Polícia Militar e que, se forem confirmadas as denúncias, todos serão expulsos da corporação.

O representante da Associação dos Policiais Militares do Amazonas (APAM), Julio Cesar, saiu em defesa dos PMS presos. Ele disse que ação foi arbitrária e que a APEAM vai entrar com recurso na Justiça para soltá-los.

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM), Marcelo Resende, e o Procurador do Ministério Público Estadual (MPE-AM), Fábio Monteiro, destacaram a união dos órgãos na realização da operação, que deve diminuir o número de homicídios registrados na capital amazonense.

Os policiais militares presos serão ouvidos na superintendência da PF-AM e, em seguida serão encaminhados para o presídio militar da PM onde vão permanecer a disposição da Justiça.

O nome da operação – Alcateia – é uma referência ao coletivo de Lobos.

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