O candidato à reeleição ao Governo do Amazonas pelo PROS – Coligação “Fazendo mais por nossa Gente”, José Melo, foi o primeiro entrevistado, nesta quinta-feira (23), na última rodada da Tiradentes News, com os candidatos ao governo do Estado. Indagado sobre a acusação do grupo adversário a respeito de envolvimento com o crime organizado, o candidato reafirmou que não autorizou o contato com o traficante.
“A história da minha vida mostra que eu tenho uma vida limpa e que, durante toda a minha vida, eu sempre cuidei com carinho e com respeito da chamada coisa pública, do dinheiro do povo. Nunca alguém encontrou uma vírgula sobre a história da minha vida! Essa estória de traficante é uma coisa tão absurda, mas tão absurda, que eu tenho certeza que, ao ler essa matéria, o povo do Amazonas deve ter ficado estarrecido com a coragem que esse candidato teve de fazer esse tipo de coisa.”
O governador rebateu a existência de um acordo entre o então sub secretário da Justiça e Direitos Humanos, major PM Carliomar Brandão, e o traficante Zé Roberto, para votar nele, no segundo turno das eleições.
“Que acordo? Eu desconheço esse acordo! Ele (major Carliomar) que explique, porque, eu, como governador, desconheço! Não autorizo nenhum auxiliar meu, seja ele quem for, a fazer qualquer acordo que não seja ético, dentro dos princípios legais!”
O governador justificou a demissão do sub secretário da Justiça. “A liturgia do cargo impõe que, toda vez que aconteça um fato desse, eu tenho que afastar o auxiliar, para que ele possa se defender, da forma correta, fora do cargo, para que depois, na sua defesa, lá frente, ele não seja acusado de ter cerceado ou usado o cargo para pressionar “A’ ou ‘B’.”
O candidato classificou a gravação como uma montagem “grosseira”. “A perícia vai demonstrar que foi uma montagem grosseira e o povo do Amazonas já percebeu isso!”
O candidato se manifestou otimista em relação ao resultado da eleição e destacou as principais propostas de governo. “Aumentar os recursos para a educação de 25% para 30%. Vamos continuar com o Programa de Valorização do Professor e construir Escolas de Tempo Integral, que é um modelo que deu certo, pelo menos uma em cada município do Interior 15 em Manas; na saúde, vamos apresentar os programa ‘Pronto Especialista’ e ‘Operação Saúde’, para Manaus; vamos aumentar a capacidade física de cinco hospitais, aumentar a capacidade física deles, reequipá-los e aumentar o número de médicos e criar 900 novas vagas de internação, para combater as filas. Ainda esta semana, acerto a compra da Santa Casa de Misericórdia pelo Estado e vou transformá-la em Hospital do Câncer da Criança e do Adolescente; no Centro de Controle de Oncologia, vou construir mais dois andares, para os serviços de rádio e quimioterapia. No Interior, vou criar 14 municípios polo, redimensionar e reequipar os hospitais, para que as cirurgias de média complexidade posam ser feitas nesses 14 polos.”
O candidato negou que tenha fugido aos debates. “Não fujo a debates. Só não foi a um debate no primeiro turno, porque sabemos qual a preferência do dono da emissora e porque a candidata a vice governadora do meu adversário é filha do dono da empresa. Não respeito uma emissora que não tem isenção! Mas estou indo para o último do segundo turno, que vai ser realizado por uma rede de TV, hoje! ”
Sobre o candidato dele na eleição presidencial – Dilma Rousseff ou Aécio Neves – José Melo preferiu não declarar o voto, publicamente. “Eu ensinei a meus alunos que a liberdade de escolha é a coisa mais importante da vida de uma pessoa. Como é que agora eu vou ser arrogante ao ponto de dizer ao eleitor, no Rádio e na TV, que ele tem que votar em ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Quem você escolher, o seu governador vai aceitar. De minha parte, eu já escolhi, mas como o vote é secreto, e eu prefiro só externá-lo na urna, no dia 26.”
Para Melo, o desempenho dele nas pesquisas é resultado das propostas de governo e de uma vida de muita luta. “Não nasci em berço de ouro, não estudei em escolar particular, sempre lutei pela vida e sempre acreditei que, aqueles que lutam, chegam lá, por isso, comecei esta campanha ’em baixo’. Muitos não acreditavam, mas eu sempre creditei e muito. Com o incentivo do Omar e de outros amigos, nós formatamos essa campanha, que foi uma campanha de propostas. E foi exatamente isso que aconteceu!”
O candidato explicou porque decidiu entregar o comando da Segurança Pública, no dia da eleição, para presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) e do pleito, desembargadora Socorro Giedes.). Segundo ele, a decisão foi para tranquilizar os ministros da Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que se manifestaram preocupados em relação do pleito, no próximo domingo (26).
Inquirido pelos âncoras do Manhã de Notícias, Melo voltou a se defender das acusações de envolvimento da candidatura dele com lideranças do crime organizado, no Amazonas, e prometeu providências. “Se os meus acusadores estão tão preocupados com o tráfico de drogas e etc, por que não exibiram a fita na íntegra. Essa gravação foi feita de forma clandestina. Já determinei uma investigação severa, nesse sentido!Se um servidor público fez isso Vou agir da forma mais severa possível, como determina a lei!”
Sobre a acusação de administrar um governo ‘devagar’, o candidato explicou que algumas das obras não andam mais rápido por causa de exigências ambientais. Ele se despediu reforçando sua preocupação com educação, saúde, segurança e como o social, e faz um apelo ao eleitor. “Eu sei que estou preparado para governar este Estado e o povo também sabe disso! O Omar foi o governador mais bem avaliado do Brasil. Há 20 dias, mesmo a despeito de toda essa confusão que está aí, uma pesquisa nacional do mesmo instituto apontou o meu governo como o terceiro melhor avaliado do país! Desta forma, com simplicidade, sem arrogância, sem tratar mal as pessoas e com planejamento, é que nós queremos governador o Amazonas. Por favor, entenda! Vote no 90!”
Nesta sexta-feira (24), a Tiradentes News entrevista o adversário de Melo ao Governo do Estado, o senador Eduardo Braga (PMDB – Coligação “Renovação e Experiência”.