Matérias

Professores da rede estadual fazem assembléia para decidir sobre greve geral. Movimento ganhou o apoio dos alunos

A assembléia reuniu mais de três mil professores na praça da Polícia, Centro de Manaus, para discutir a proposta do governador Amazonino Mendes de 4,57% de reajuste salarial. Para muitos, o valor não atende à classe, como a professora Auxiliadora Viegas, que leciona há quatro anos no Estado.

“A gente já ‘tá’ num momento que não tem que aceitar qualquer migalha. ‘Tá, vocês tão pedindo m ais uma migalha! Não!!”

Já a professora Ana Paula Negreiros, que trabalha nas escolas Nathalia Uchoa e Princesa Isabel, o problema não está apenas no reajuste, mas também na superlotação das salas de aula.

“Nós estamos trabalhando sala com 45 alunos, onde não temos espaço nem para circular, onde eu tenho que dizer ‘com licença que eu vou passar aqui escrever aqui no quadro.”

A categoria revindica um reajuste desde 2014 e não se conforma com a proposta oferecida pelo governo. Desta vez, os profissionais da educação contam com o apoio dos alunos na luta pelos 35% que almejam.

A coordenadora geral da Associação dos Professores de Manaus (Aspom), Helma Sampaio, diz que o acordo com o governo foi firmado sem consultar os professores.

“Nós não participamos da reunião com o governador, mas ele apresentou uma contraproposta, diante da nossa assembléia-geral do dia 14, onde nós rejeitamos a proposta do governo. Ele apresentou uma contraproposta, foi divulgado pela imprensa e hoje nós estamos aqui justamente pra fazer a nossa assembléia-geral.”

Diz, ainda, que, se não forem ouvidos pelo governador vão manter a greve até que consigam ser atendidos.

“Sem tempo determinado, até que o governador Amazonino Mendes atenda a reivindicação da categoria.”

Na última quinta feira (14), o governo anunciou um reajuste de 4,57% e mais R$ 200, 00 no tickt alimentação, mas deixou de fora os servidores administrativos, como as merendeiras. Eliana Guedes explicou o que elas pediram.

“A data base, a nossa revisão do PCCR, os 40% do FUNDEB, que a lei não obriga, mas também não desobriga que seja repassado para os administrativos.”

O Governo do Estado informou que vai pagar de forma gradativa, sem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conforme acertado com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), as datas bases dos anos de 2015 e 2016, e garantiu as promoções para os professores que concluíram cursos de especialização. Quanto ao plano de saúde, também determinou que  a Seduc mantenha o contrato e que sejam incluídos os professores do Interior.

Deixe seu comentário

TV

Rádios

Arquivos

  • Arquivos

  • Links

    Links