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Miguel Falabella sobre polêmica em ‘Sexo e as Negas’: ‘Achei que entenderiam’

Convidado do “Encontro com Fátima Bernardes” desta terça-feira (16), Miguel Falabella voltou a comentar as denúncias envolvendo a série “Sexo e as Negas“, acusada de ter conteúdo racista e machista. Para ele, o autor da trama, que estreia hoje na Globo, o projeto inspirado no seriado norte-americano “Sex and the City” não foi bem compreendido.

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“Talvez eu tenha julgado mal porque achei que todo mundo entenderia a paródia com ‘Sex in the City'”, disse. “Porque a China fez o ‘Sex e as amarelas’ (e não é muito bom, não)”, acrescentou ele, que também cogitou escrever ‘Sexo e as loiras’.

Miguel acredita que a série recebeu críticas por causa da liberdade sexual das quatro mulheres negras, moradoras da favela Rio Cidade Alta, no Rio, um dos pontos-chave da trama.

“Já houve vários programas com elencos negros maravilhosos. ‘Antonia’, ‘Ô, pai Ô’, …Então, o problema não é a comunidade, o problema ainda neste país é o sexo. As pessoas têm muito problema com sexo. Elas são mulheres são profissionais, adultas, todas trabalham, ninguém é p***. Mas têm direito a uma vida sexual. elas gostam”, explicou.

Um dos convidados do programa, o músico Carlinhos Browntambém endossou o discurso de Miguel e defendeu o seriado da acusação de racismo ao atribuir toda a polêmica à má interpretação do título dada ao seriado.

“As pessoas confundem muito. Negas são todas as mulheres que amamos. Não tem nada a ver com tons de pele. ‘Minha nega, meu nego’…isso é um carinho. Todo mundo se atrai por todo mundo. Num país miscigenado, de sol, todo mundo vai à praia buscar um pouquinho buscar essa negritude”, disse o cantor. “Quando eu te chamo de nega eu não estou te impondo um tom de pele, uma cor ou qualquer tipo de preconceito”. finalizou.

Cenas cortadas

No dia do lançamento da trama, Miguel admitiu que o projeto teve as cenas cortadas: “Estamos em um tempo do politicamente correto, não esqueça isso”, explicou em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”. Responsável pela direção da trama, Cininha de Paula reforça ao dizer que a emissora não tem a ver com as restrições impostas na história. “Na minha cabeça, não houve censura, e, sim, o meu bom gosto”, afirma.

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