Projeto do Governo do AM será solução definitiva para impasse ambiental da BR-319, diz Melo

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O impasse ambiental que impede a conclusão da pavimentação da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho) pode ser solucionado por um projeto técnico que está sendo desenvolvido pelo Governo do Amazonas. A informação foi dada na manhã desta quinta-feira (19), pelo governador José Melo, durante o Seminário de Apoio a Investimentos no Estado. O evento está sendo realizado no Comfort Hotel, na zona Sul de Manaus, como parte da programação da VIII Feira Internacional da Amazônia. De acordo com o governador, a ideia é proteger uma área de preservação que envolve 400 quilômetros de um trecho da estrada.

O projeto está sendo finalizado para ser encaminhado e discutido com o Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e posteriormente enviado ao Governo Federal. Durante o Seminário, coordenado pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e que contou com a presença de representantes da classe empresarial e de instituições financeiras, como o Banco da Amazônia, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governador garantiu que o projeto vai apresentar a solução definitiva para a BR-319, que é fundamental, do ponto de vista logístico, para o Estado.

“Temos alguns desafios em relação à ZFM, mas vamos falar da BR-319 que é um deles, que nos permite uma ligação direta com o Sul do País, onde temos o maior mercado consumidor dos produtos da ZFM”, afirmou Melo, ao falar dos principais entraves à economia do Estado. O projeto vai propor o “envelopamento” de um trecho de 400 quilômetros de estrada que vai do Igapó-Açu até a divisa com o município de Humaitá, uma área de preservação ambiental que tem sido o principal entrave dos ambientalistas para a liberação da obra. De acordo com o governador, o projeto propõe que o Exército Brasileiro seja o guardião da área.

“Ali temos a mais rica biodiversidade do Amazonas. Eu sei, os ambientalistas sabem, os cientistas todos sabem. Não adianta querer fazer uma estrada tradicional, num ambiente desse, que não vão deixar”, disse Melo, ao revelar que o projeto que está sendo desenhado pelo Governo do Estado é semelhante ao que já existe em estradas europeias que passam por áreas de preservação ambiental. “Você mete tela de um lado e outro. De um em um quilômetro, faz um túnel para os animais passarem e pega o Exército Brasileiro para que seja o fiador da preservação ambiental desses 400 quilômetros. Dessa forma, a gente tira todos os obstáculos que têm e agrada aos ambientalistas. No fundo, eles têm razão. Aquela área é muito rica do ponto de vista da biodiversidade, mas não têm razão, na medida em que nos impedem de ter uma saída para o resto do país”, observou o governador.

Sobre o Seminário, José Melo afirmou ser uma oportunidade única para se discutir projetos de desenvolvimento regional. “Pela primeira vez temos aqui, Sudam, Banco do Brasil, Basa, Caixa Econômica e BNDES. É uma oportunidade única de se estabelecer regras facilitadoras para que o empresário possa acessar os recursos, produzir, gerar emprego e renda”, disse o governador, ao ressaltar a presença dos recém- empossados superintendentes da Sudam, Paulo Roberto Correia, e do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo.

De acordo com Paulo Roberto Correia, o Seminário faz parte do projeto Sudam Itinerante, que tem como principal meta o estreitamento institucional com os governos dos Estados e instituições financeiras, com o objetivo de integrar e padronizar projetos de desenvolvimento. “A união de diversos atores nos oportuniza a trazer novos negócios, novas oportunidades para a região e para o Amazonas. Eu tenho muita fé que o Brasil vai sair logo da crise e temos que estar preparados para esse novo momento que vai acontecer a partir de 2016, padronizando os planos de investimentos que esses órgãos têm. Temos que unir esses planos e trabalhar em cima deles para que aconteça o que a gente espera que é a melhoria da qualidade de vida da sociedade”, disse o superintendente da Sudam.

Volume de investimentos – Os volumes totais disponíveis para investimentos na região não foram revelados pela Sudam, porém somente para financiamentos via Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), para 2016, Paulo Roberto informou que estão disponíveis R$ 1,4 bilhão. Outros R$ 800 milhões são referentes a laudos que devem ser entregues a empresas que vão receber incentivos fiscais. “É um valor considerável que representa muito para a implantação da modernização de equipamentos na empresa. Tenho certeza que isso pode ser um diferencial tanto para criar quanto manter os empregos na região”, destacou.

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