Produtores rurais que têm plantações localizadas às margens do ramal da ZF 9, em Rio Preto da Eva, município da Região Metropolitana (RMM), a 80 quilômetros de Manaus), denunciam a precária situação dos ramais utilizados para o escoamento da produção.

De acordo com eles, utilizar os ramais está cada vez mais difícil e perigoso. Os produtores afirmam que já não sabem a quem recorrer. Se à prefeitura de Rio Preto da Eva, à Secretaria da Produção Rural (Sepror) ou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo os trabalhadores ruaria, a situação é cada vez mais crítica, com os buracos se transformando em verdaeiras crateras, sem que as autoridades tomem qualquer providência. Eles lembram que os responsáveis poderiam aproveitar o verão para executar os trabalhos de manutenção, o que se tornará difícil ou até mesmo impossível, durante o período chuvoso, que “já está na porta”.

Os produtores reclamem que prejuízos se acumulam, porque o único carro da Associação dos Agricultores – uma picape – está com a suspensão danificada, devido à buraqueira dos ramais.

O presidente da Associação, Arildo Barros, disse que já não sabe a quem apelar. “Sinceramente, não sei quem pode nos ajudar. Apesar de termos conseguido adquirir, através de uma cota, o diesel para as máquinas, mesmo assim, ninguém se manifestou para nos ajudar”, lamentou.

O produtor Antônio Conceição e a família também sofrem com a situação, já que o trabalho tem que ser dobrado. “ A situação é crítica, pois temos que ter um cuidados redobrados na colheita, no armazenamento e no transporte dos frutos, e cheios de buracos, os ramis não ajudam. Pelo contrário, a situação fica cada vez mais difícil”, afirmou.

Se não bastasse o forte verão, que impossibilita uma irrigação adequada das lavouras, agora, os maiores produtores de bananas do Amazonas sofrem pela falta de manutenção dos ramais da ZF9.