Mais de 50 prédios históricos estão abandonados no centro de Manaus, aponta levantamento

 

É só percorrer qualquer  rua do Centro da capital para encontrar prédios charmosos, em sua maioria com arquitetura no estilo neo clássico. Mas, muitas dessas obras, que um dia até já serviram como residências, pontos comerciais e culturais, estão em situação deplorável. Um exemplo são prédios no entorno do Paço da Liberdade, onde está o prédio da antiga Prefeitura da cidade. Nas imediações, estão as ruínas do famoso “Hotel Cassino” e outros pontos que um dia fizeram parte do apogeu da borracha. Muitos completamente desfigurados, outros, prestes a cair, podendo causar grandes acidentes e até mortes, entre os pedestres que circulam por esses locais.

De acordo com os moradores dessas áreas, vários prédios foram invadidos e servem para tráfico de drogas e prostituição. Para tentar salvar os prédios do Centro Histórico, membros do Coletivo Difusão – que tem como objetivo produzir, promover, distribuir, difundir e incentivar manifestações artístico-culturais e midiáticas, priorizando a valorização da identidade sociocultural manauara – criaram o Núcleo de Estudos e Práticas de utilização de espaços urbanos ociosos para a manutenção econômica e cultural – JIRAU. Michele Andrews, que faz parte do movimento, ressalta que a cultura pode ajudar a salvar o patrimônio.

Manaus-AM 07/05/2005 Fotos para o programa Monumenta. Casario na rua Luiz Antony.

Paulo Trindade, que também é ativista cultural, ressalta que, além de só perder com o abandono, os prédios viram problema de saúde pública, pois são focos de proliferação de mosquitos e, em muitos casos, para crimes, inclusive o tráfico de pessoas.

No levantamento feito pelos ativistas, foram catalogados 53 prédios abandonados. O documento foi entregue à Secretaria Municipal do Centro de Manaus. Eles esperam um retorno do órgão sobre transformar os pontos em espaços culturais. Já dona Tereza Pinto aguarda uma resposta da Assembléia Legislativa do Estado sobre as casas na Rua Visconde de Mauá.

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