Com colaboração de Samara Souza
27/08/13 – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez severas críticas ao Judiciário amazonense, na manhã desta terça-feira (27), pela decisão de determinar a soltura do homem acusado de explorar a pirataria, em mais de 600 lojas irregulares, instaladas em galerias, no Centro Comercial da cidade.
Foi durante uma visita de vistoria às obras de restauração do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Segundo o prefeito, a revitalização que vem sendo empreendida pela prefeitura, no Centro, já se revela positiva e decisões como essa não ajudam a melhorar a cidade .
“Estamos vendo as pessoas querendo investir no Centro. Pessoas que sabem que essa área da cidade vai ter solução. Lamento que dois piratas que foram presos na operação do final de semana, que exploravam camelôs, já foram soltos. Não sei qual foi a ‘mão bondosa’ que soltou, mas, … Infelizmente. É preciso maior colaboração desses juízes. Que eles colaborem com a gente, porque, a gente quer consertar Manaus e não é desse jeito que a gente vai consertar, não!”
O prefeito instou as autoridades a colaborar com a prefeitura. “A gente precisa da colaboração de todos, inclusive dessas pessoas! Por que soltar uma pessoa que faz pirataria? Que foi flagrada pela Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, todos os órgãos da Prefeitura e do Governo do Estado? Uma pessoa é flagrada fazendo pirataria e depois é solta? Parece até que é p’ra fazer de novo!”
O prefeito disse que pretende conversar com as autoridades para pedir a ajuda do Judiciário e alertou que está disposto a insistir nas mudanças no Centro. “Vou conversar com a direção do Tribunal, que é muito digna e tem sido muito parceira de Manaus, e vou pedir dureza, nesses episódios, porque nós vamos insistir! Voltou a fazer pirataria, vai ser preso de novo, que é p’ra aprender que tem que respeitar Manaus!”
Com 90% das obras concluídas, a restauração do centenário Adolpho Lisboa avança. Faltam poucos, mas preciosos detalhes, para que o histórico monumento volte ao dia a dia da cidade.
No Mercado, vão funcionar bancas de carne, peixe, frutas, verduras, entre outras, e também os restaurantes que vão funcionar nas duas torres do pavilhão frontal, além de duas bombonières, e ainda, os pavilhões Amazonas e Pará.
Os permissionários começam a ser retirados da feira improvisada a partir do dia 2 de setembro, quando as obras avançam na área externa do mercado. Eles devem passar por cursos de capacitação, no Serviço Brasieiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa no Amazonas (Sebrae-Am), e vão retornar ao prédio restaurado no dia 12 de outubro, para arrumar as bancas.
Orçadas em R$ 13 milhões, as obras de restauro foram retomadas no início de fevereiro. De acordo com o prefeito Arthur Neto, o mercado Adolpho Lisboa será reinaugurado no dia 24 de outubro, data do aniversário de Manaus.