Em reunião intermediada pela Aleam, compradores e construtoras discutem atraso na entrega de apartamentos

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Os compradores de apartamentos que denunciaram o atraso na entrega dos empreendimentos da PDG e Aliança se reuniram nesta terça-feira (16), com os representantes das empresas  para discutir soluções para a situação deles.

A denúncia, que já havia sido levada por um grupo de pessoas ao Ministério Público (MPE) e à Justiça Estadual, também chegou à Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).

Na reunião, intermediada pela Comissão de Defesa do Consumidor (CDC-Aleam), os compradores cobraram, principalmente, soluções para o atraso na entrega dos empreendimentos, por parte das duas empresas.

“Recebemos os representantes das empresas e os compradores para tentar um acordo. Segundo os consumidores, existem hoje 2 mil famílias, que estão amargando sérios prejuízos por conta do atraso nas obras e na entrega desses apartamentos em até 46 meses. Isso contraria o Código Nacional de Defesa do Consumidor”, afirmou o presidente da CDC-Aleam, deputado estadual Marcos Rotta.

Segundo o diretor presidente da empresa Aliança, Flauber Santos, o atraso na entrega das obras é um problema que vem ocorrendo em construtoras de todo o Brasil.

“Todo o sistema imobiliário nacional não estava preparado para atender a tanta demanda. Desde a compra do terreno até a entrega da unidade pronta, nós temos aí envolvidos, profissionais de venda, fornecedores de todo o tipo de material, vidro, alumínio, cimento, aço, etc.. Nós temos na cadeia produtiva, a mão de obra que é fundamental e, toda essa cadeia não estava preparada para tanta demanda. Infelizmente houve atraso de entrega de materiais, tivemos problemas com a qualidade da mão de obra, na comercialização sofremos esse processo para treinar novas equipes de vendas. Tudo isso contribuiu para, de uma maneira geral, as grandes empresas nacionais tivessem suas obras atrasadas”, disse o presidente da Aliança.

Flauber Santos garantiu que todos os clientes da empresa Aliança estão sendo procurados para negociações. “Estamos abertos a conversas e a firmar acordos. Muitos clientes já foram procurados, mas, infelizmente, nem todos aceitaram a nossa proposta. A indenização a quem teve problemas com atraso na entrega de imóveis é dada pela porcentagem do valor pago pelo cliente. Também pagamos a multa do contrato e mais a remuneração do capital investido. Todos os clientes que ainda se sentem insatisfeitos, podem nos procurar para tentarmos firmar os acordos”, disse o empresário.

O Gerente da empresa PDG em Manaus, Carson Duarte, garantiu que a empresa não sairá da cidade e não está em processo de falência. Segundo ele, a PDG já começou a agilizar o processo de entrega dos empreendimentos. “Não sairemos de Manaus. Nossos empreendimentos estão sendo finalizados e entregues, tanto que agora, no final de 2014, já entregamos 2 empreendimentos e vamos entregar mais 3, ainda esta semana. Não existe nenhum processo de falência, não há esse perigo, pelo contrário, continuamos no mercado, vamos honrar os nossos compromissos e continuamos negociando com os nossos clientes”, afirmou Duarte, ao responder também sobre denúncias de um possível uso de material sem qualidade, nas obras.

“Somos responsáveis técnica, civil e criminalmente pelas nossas obras. Não há nenhum risco de queda de estrutura. Todas as obras são feitas por profissionais habilitados e acompanhadas por engenheiros.Então, não existe nenhum tipo de material irregular e muito menos perigo de queda”, afirmou

Agora, o deputado Marcos Rotta vai intermediar uma reunião entre as empresas e o promotor Otávio Gomes, para que o Ministério Público Estadual (MPE-AM) possa acompanhar o caso, de perto.

“Não vamos medir esforços para evitar que os consumidores da PDG e Aliança continuem sendo prejudicados, até porque eles possuem um contrato, com prazo de entrega pré-determinado e não têm nenhuma culpa do atraso nas obras. Muito pelo contrário, são vítimas e precisam ser atendidos de forma satisfatória. O caso continuará sendo acompanha pela Comissão de Defesa do Consumidor e pela própria Aleam.”, garantiu.

As empresas disponibilizaram um número de telefone para atender os consumidores interessados em detalhes. O canal de negociação pode ser feito pelo número 2126-9300.

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