Destino da CPI do BNDES será decidido pela maioria, afirma Rotta (PMDB)

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deputado federal Marcos Rotta (PMDB), rebateu, nesta sexta-feira (02), as críticas sobre a condução da CPI, que investiga onde foram parar alguns bilhões de reais de recursos públicos, emprestados a vários países, com juros subsidiados.

De acordo com Marcos Rotta, se depender dele, o Brasil não ficará frustrado com os resultados da Comissão. “Se depender de mim, não! Mas eu sou apenas o presidente da CPI. A mim compete, tão somente, organizar, promover as oitivas e conduzir os trabalhos da CPI. Ontem, eu coloquei em pauta, inclusive a convocação do ex-presidente Lula, mas o plenário, que é soberano, achou que não era o momento de convocar o ex-presidente. O PT se mobilizou, juntamente com partidos da base aliada, e não permitiram, sequer, que o requerimento de convocação do ex-presidente fosse incluído na pauta. Como também não quiseram que o embaixador Mauro Vieira e o empresário Abílio, que é o presidente do Conselho da BRF, que é uma das maiores empresas do país, que recebeu grandes aportes financeiros do BNDES entrasse na pauta.”

O deputado Marcos Rotta, que não tem poder de voto na CPI, afirmou que está fazendo o trabalho dele, que é apenas de presidir a comissão, e disse que o Partido dos Trabalhadores comanda uma manobra contra a CPI.

“A gente percebe claramente, que há uma grande manobra, por parte do governo, do PT, em não se aprofundar algumas investigações. Eu estou fazendo o que me compete!”

Rotta rebateu veementemente as insinuações da Revista Veja sobre a falta de estrutura da CPI. “Isso aí é coisa da Veja. A Veja tem interesse nisso aí! Todo mundo sabe que a Veja é contra o governo, contra a Dilma, contra o PT. Isso não Existe! Eu, pessoalmente estive com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), com a superintendência da Polícia Federal (PF), com o Conselho de COAF. Nós temos todos esses técnicos lá a disposição de todos os membros da CPI. Isso é uma invenção da Veja! Uma matéria sem pé e sem cabeça. Diz coisas absurdas, que não condizem nem um pouco com a realidade! Isso é o papel da Veja mas eu, como presidente da CPI, preciso condenar essas informações, que não espelham nem de longe a realidade dos fatos!”

Conforme Rotta, o andamento e o destino da CPI são definidos pela maioria. “Eu tenho uma pauta de convocação, mas ontem, ela foi derrubada por conta da Ordem do Dia. Nós temos empresas que precisam ser ouvidas, ministros que inclusive ontem sofreram ações da PF. Tudo isso está sendo discutido. Nós já tentamos levar, eu, particularmente, já tentei levar cinco das chamadas campeãs nacionais, mas o plenário não quer! Então, por mais boa vontade que os membros tenham, entre os quais eu me incluo, que é derrotada pela maioria. A maioria é soberana. É um plenário. São 27 parlamentares e a maioria é composta de aliados do governo, então, fica complicado! Eu vou fazendo a minha parte! Tenho a minha consciência extremamente tranquila e vou continuar trabalhando nesta linha de independência e, acima de tudo, da imparcialidade!”

Segundo Rotta, quatro subcomissões da CPI investigam o montante de recursos internacionais do tesouro brasileiro destinados a vários países da América Latina e da África. Segundo o deputado, uma possível prorrogação da CPI depende da presidência da Câmara.

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