Deputados repudiam aumento e cobram explicações à AM Energia, na ALEAM

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O reajuste no valor do consumo, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi repudiado por parlamentares da oposição, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Ale-Am). De acordo com a Eletrobras Amazonas Energia (AM-Energia), o reajuste para as residências e para o comércio, que começa a valer a partir deste sábado (1º/11), é de 15,83%. Para a indústria, o aumento chega aos 22,63%.

Para o presidente da Comissão de Defesa do Consumodor (CDC-Ale-Am), deputado Marcos Rotta, os consumidores de produtos finais da indústria e comércio serão diretamente afetados. “Esse aumento médio de 18,62% é um absurdo e vai refletir, não apenas nas contas de energia, mas também no preço final de produtos vindos da indústria e do comércio. Esses setores deverão repassar esses valores tarifários ao consumidor, para não amargar prejuízos. E isso não é justo!”, lamentou.

O parlamentar criticou o papel das agências reguladoras, segundo ele, sempre favoráveis às empresas, em detrimento do pequeno consumidor. “Não é justo que as agências reguladoras continuem fazendo o papel de representantes das empresas. Há uma inversão de valores com relação ao papel das agências. A Aneel deveria ser a primeira a considerar o grau de satisfação dos consumidores, tendo em vista a má prestação de serviços na capital e Interior do Estado. Todos os dias, recebemos reclamações dirigidas à empresa Amazonas Energia!”

O presidente da Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana da Ale-Am, deputado Marcelo Ramos (PSB), também criticou o aumento. Esta semana, ele apresentou requerimento à Mesa Diretora da Casa, solicitando o comparecimento do diretor presidente da AM Energia, o amazonense Radyr Olveira, ao plenário, para dar explicações sobre as constantes falhas no fornecimento, que atingem todas as zonas da capital. Ramos ressaltou, que, após a posse, o diretor ainda não compareceu à Ale-Am para apresentar as metas dele para a empresa que dirige.

O parlamentar, que foi candidato a governador, na última eleição e ouviu as reclamações dos empresários do setor, destacou os prejuízos criados pelas interrupções de energia para as fábricas do Polo Industrial de Manaus, (PIM).

Este é o maior aumento na conta de energia dos amazonenses desde 2011, e o valor também é mais alto que a inflação registrada no período. Segundo a Aneel, o reajuste se deve ao aumento nos valores pagos pelas distribuidoras para compra e transmissão de energia, além de pagamento de encargos setoriais. A Eletrobras Amazonas Energia atende a quase 700 mil unidades de consumo no Estado.

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