Fernanda Lima voltará ao ar no dia 26 em nova temporada do programa Amor & sexo. Mãe dos gêmeos João e Francisco, de 8 anos, frutos do casamento com Rodrigo Hilbert, um dia desses um deles a deixou de queixo caído. “Ele veio com uma letra de funk bem machista, de cunho totalmente sexual”, afirma ela, que sabe como proceder quando as crianças perguntam sobre sexo. “Eu tento entender onde e como ouviram, para ensinar e contextualizar. Eu explico, explico, explico, mas eles vão para a escola e voltam com todas as piadinhas. Daí explico, explico de novo, é um trabalho diário.”
Os novos episódios da atração, segundo ela, vão trazer o tema para um debate carinhoso e sincero. “Diante de tantas culturas que matam homossexuais, extirpam clitóris e promovem casamentos entre adultos e crianças, por exemplo, felizmente o Brasil está aberto ao diálogo. Mas, mesmo aqui, estamos enfrentando um triste movimento de ideias retrógradas. É contra isso que vamos falar”, afirma ela, que bateu um papo com a coluna.
Quais as novidades desta temporada do Amor & sexo?
Nesta temporada tem o Eduardo Sterblitch, que vem para nosso programa. O restante é o que as pessoas já estão acostumadas e esperam do Amor & sexo: assuntos relevantes, com graça, alegria, transparência, com abertura ao diálogo e debates esclarecedores.
É difícil falar de sexo na TV aberta?
Felizmente, o Brasil está aberto ao diálogo, diante de tantas culturas que matam seus homossexuais, extirpam clitóris e promovem casamentos de adultos com crianças, por exemplo. Mas, mesmo aqui, estamos enfrentando um triste movimento de ideias retrógradas, e é contra isso que vamos falar sempre. Sabemos que a sexualidade é uma das maiores causas de sofrimento da humanidade. Então, a gente briga por nossa causa, que é trazer a sexualidade para um debate sincero e carinhoso. Assim as pessoas vão ter menos problemas, vão viver melhor com sua sexualidade, não vão se incomodar tanto com a sexualidade do vizinho. E poderemos viver numa sociedade um pouco mais pacífica.
Você já declarou que fala de sexo abertamente com seus filhos. Como cuida dessa parte na educação deles?
Outro dia um deles veio com uma letra de funk bem machista, de cunho totalmente sexual. Quando me perguntam algo, eu tento entender onde e como ouviram, para ensinar e contextualizar. Cantar funk pode, claro, mas então vamos brincar e mudar a letra. Eu explico, explico, explico, aí eles vão para a escola e voltam com todas as piadinhas. Mas eu explico, explico, explico de novo, é um trabalho diário.
Como é o Rodrigo Hilbert como pai nesse sentido?
Rodrigo é um cara extremamente sensível, zero machista, é um pai maravilhoso, extremamente de acordo com o que eu penso. Sem contar que dentro de casa já temos um comportamento de igualdade, e as crianças acompanham e vivem isso.
De todos os temas que a atração já tocou, algum a deixou desconfortável?
Todo profissional de comunicação tem de aprender a lidar com esse risco, senão não dá nem para sair de casa. Eu me protejo sendo verdadeira, honesta. Sempre me coloco no lugar do público e meu objetivo é sempre esclarecer, informar e ser informada. Não tenho vergonha de não saber, nem de perguntar. Aprender é sempre um mérito.
De 0 a 10, quanto o sexo é importante para você?
Não acredito nessa forma de tabular o sexo. Sexo é tão humano que é impreciso.