A afirmação foi feita nesta segunda-feira (30), pelo governador José Melo (PROS). A proposta vai ser levada à 21ª Reunião sobre o Cima – COP 21 – pelo governador, que viaja na próxima quinta-feira (3) à França, onde participa da Conferência, que deve reunir mais de 150 chefes de Estado, em Paris.
José Melo disse que, durante o encontro, vai cobrar aos países ricos a compensação ambiental com créditos de carbono, que podem ajudar o Amazonas a continuar mantendo sua floresta em pé.
“Aprovamos a Lei de Serviços Ambientais por unanimidade, na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam). O Amazonas agora, está habilitado, do pontos de vista legal, a receber qualquer tipo de retribuição para o povo que habita a floresta. O Estado continuará contribuindo, de forma decisiva, para o equilíbrio ecológico do planeta, no entanto, reclama mais escolas, hospitais, emprego e qualidade de vida, para que o homem que vive no Amazonas, possa continuar vivendo aqui, mas de forma saudável, completamente amparado pelas leis internacionais.”
Em entrevista exclusiva concedida à Rede Tiradentes, o Melo descordou do levantamento feito pelo Programa de Monitoramento de Desmatamento na Amazônia, PRODES, divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, que apontou aumento de 16% no desmatamento da Amazônia, entre agosto de 2014 e julho de 2015.
“Os números estão totalmente equivocados. Já liguei para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – que é o órgão estabelece esses números -, e eles me disseram que apenas 50% de todos os dados coletados foram trabalhados, portanto, alguém deve ter dado uma ‘martelada’ nesses números, para aparecer um valor tão expressivo de aumento do desmatamento!”
A Conferência do Clima da ONU em Paris, termina no dia 11 dezembro, quando os países devem chegar a um acordo de cumprimento de metas climáticas.
José Melo retorna do encontro no domingo (6).