Ciro Gomes diz que cenário para 2019 é “terrível” por conta de dívida pública

Pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PDT, Ciro Gomes disse nessa segunda-feira (18) que “o cenário para 2019 é terrível” ao tratar da dívida pública que já passa de R$ 5 trilhões. O presidenciável participou de sabatina na Rádio Jovem Pan, em São Paulo, e apresentou propostas em caso de eleição. Um tema que não é tratado pelos políticos e que ele compreende como importante é a origem do dinheiro para setores da agenda principal, como saúde, educação, emprego e segurança pública.

“Portanto, o que precisamos fazer nessa segunda agenda é arrumar o dinheiro. E arrumar dinheiro só tem um jeito: diminuir despesas e aumentar receita. Vamos pegar despesa brasileira, R$51 de cada R$100 da despesa pública brasileira, orçamento da União, são despesas financeiras, juros e rolagem de dívida. Portanto, metade do esforço tem que ser olhando pra metade da despesa. O que não é trivial vai dar trabalho, mas é preciso ter o foco claro nisso.”

O programa econômico de Ciro também foi debatido. Caso eleito, ele pretende colocar em prática a reforma tributária nos primeiros seis meses do governo por achar que classes são desfavorecidas no Brasil.

“Tem que mudar o sistema tributário. O Brasil precisa e pode diminuir os impostos em cima do povão. O cidadão que chega em casa humilhado pelo desemprego, chega em casa e liga a energia e paga 40% de tributos e os ricos no Brasil pagam 8%. Só este país não cobra tributos sob lucros e dividendos empresariais.”

Questionado sobre intervenção no Rio de Janeiro, o pré-candidato sugeriu como solução da segurança pública mapear o crime organizado. Segundo ele, a polícia hoje é obrigada “a morar com os chefes dos tráficos nas favelas”.

“A intervenção federal tem data para expirar, no próprio decreto que a criou. E nós vamos refletir a necessidade ou não de continuar. Eu vou assumir com muita força o assunto de segurança pública. Pretendo dar cabimento a um sistema nacional de segurança pública em linha do que já se criou institucionalmente, mas temos que dar orçamento a isso.”

O ex-ministro da Fazenda ainda declarou que “se o brasileiro acha que não pode piorar a situação, ele está enganado”, e disse que se não fizer uma mudança, o Brasil pode ir para o “vinagre”.

 

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