Candidato Omar Aziz trabalhará para que tráfico de drogas seja tratado com base na Lei de Segurança Nacional

Com o cacife de governador mais bem avaliado do país, em pesquisa CNI/IBOPE, no ano passado, e líder nas pesquisas de opinião, o ex-governador Omar Aziz foi o último entrevistado da primeira rodada da Rede Tiradentes com os candidatos ao Senado, nesta terça-feira (22). Falando sobre sua relação com o candidato ao governo pela coligação “Experiência e Renovação”, o agora adversário senador Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz afirmou que não tem inimigos e negou que tenha havido rompimento, entre os dois.

“Não é questão de ter rompimento ou não! É questão de ter uma proposta pra administrar o Estado. A questão não é pessoal. Não houve e nem haverá rompimento, até porque, se Deus e a população me ajudarem, eu serei senador e colega dele, no Senado, então não tem porque estarmos rompidos ou brigados. Eu não tenho inimigos na política. A gente tem adversários e isso faz parte do processo político.”

O candidato afirmou que a avaliação dele em uma pesquisa nacional, no ano passado, foi resultado dos temas que eles escolheu defender, durante a administração. “Você não se torna o governador mais bem avaliado do país sem um bom trabalho e eu quero que esse trabalho continue na segurança, na saúde, na educação, no setor primário, nas ações sociais, tudo aquilo que nós fizemos, e o (candidato governador José) Melo é a pessoa que tem esse perfil para dar continuidade a esse trabalho que nós fizemos à frente do governo.”

O candidato respondeu às críticas do candidato Eduardo Braga ao programa de segurança “Ronda no Bairro”. “Ainda bem que o programa tem problemas pra gente resolver! É ruiu quando não se tem programa nenhum. Quando ele assumiu o governo, as viaturas tinham que ser empurradas pelos policiais. Converse com eles e pergunte quantas eles tinham de empurrar, diariamente.”

O candidato fez um balanço dos investimentos dele na segurança pública. “Em quatro anos, fui o governador que mais colocou novos delegados de polícia no sistema; dobramos o número de policiais militares; não existiam viaturas rodando na cidade e hoje tem; quando eu assumi o governo, havia civis 16 delegacias de polícia e agora tem 30; o investimento em Segurança era pouco mais de R$ 600 milhões, agora está em R$ 1,3 bilhão. Se você vir o histórico dos governadores que me antecederam, qual foi a política pública para a Segurança Pública? Temos um programa que foi copiado pelo Estado de Roraima. É referência nacional! Eu passei quatro anos no governo e vocês não têm conhecimento de nenhum escândalo no meu governo. Não têm conhecimento de eu estar escamoteando, mentindo, enganando ninguém!”

Saindo em defesa do papel do Comando Militar da Amazônia (CMA)e da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM), no Estado, o candidato responsabilizou o Governo Federal pela falta de guarnição das fronteiras brasileiras e pela entrada das drogas no país.

“Há uma omissão muito grande do governo federal com as nossas fronteiras. O Brasil não produz droga. Não temos plantações de maconha, de cocaína. Isso é trazido de outras países. O que acontece é que nós temos uma desguarnição! Nós temos 25 mil homens, no CMA, uma relação fantástica com o Exército, temos a Polícia Federal com uma base, mas com poucos servidores. Como podemos cobrir milhares de quilômetros com quatro, cinco, seis homens? Temos a Força Nacional, mas você já ouviu dizer que a Força Nacional apreendeu 1 kg de drogas? Não temos uma política de combate antidrogas. O resultado é jovens envolvidos com drogas, criminalidade aumentando e o Estado e sociedade sofrendo com isso, quando, lá na ponta, ninguém cuida! E isso é uma responsabilidade do governo federal. Para se ter uma ideia, o Ministério da Justiça gastou menos recursos com segurança pública do que o Estado do Amazonas!”

Omar Aziz afirmou que pretende trabalhar, durante o mandato, para que o tráfico de drogas no Brasil seja tratado com mais rigor, com base na Lei de Segurança Nacional.”O tráfico de drogas tem de ser tratado com base na Lei de Segurança Nacional. Podemos dizer que os governadores dos Estados têm que resolver o problema de segurança nos estados e municípios, mas nas fronteiras, o tráfico é responsabilidade do governo federal!”

Omar Aziz negou qualquer participação na decisão da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que está pedindo ao comando regional da sigla a retirada da candidatura do deputado federal Francisco Praciano ao Senado. “Se eu tivesse força dentro do PT, o partido estaria do meu lado. O tempo do PT é maior tempo de televisão! É o maior partido o país, partido da presidente da república, como que é eu, aqui no Amazonas, teria alguma influência. Isso aí é muito mais marketing, para fugir da discussão política, para justificar um discurso que tiveram por anos e, agora, querem mudar repentinamente esse discurso, atribuindo o problema a ‘forças ocultas’. Isso é brincadeira. É um problema interno do PT, que participou do meu governo com mais de seis secretarias e não está do meu lado. Que resolva p’ra lá! Eu não quero nem saber disso!”

Questionado sobre escândalos no governo dele, Omar rebateu a afirmação de que a operação que prendeu 15 pessoas no Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) por corrupção, nesta segunda-feira (21) tenha tido origem na administração dele. A ao contrário, de acordo com Omar, a investigação da denúncia foi a pedido ele, antes de sair do governo. “Demorou seis, sete meses, mas agora, com o governador José Melo, isso,foi resolvido e é importante, porque isso sempre acontecerá no serviço público, mas o Estado tem que estar atento. Os culpados tem de ser punidos,como manda a lei!”.

O candidato aproveitou para cobrar ao Governo Federal maiores investimentos em infraestrutura no Polo Industrial de Manaus (PIM), como forma de atrair novas empresas e assegurar mais investimentos para a Zona Franca de Manaus (ZFM) e para o Amazonas.

“Não adianta prorrogar a ZFM, se você não tiver outros ingredientes para que a nossa economia cresça. Um deles, é a nossa infraestrutura, nossa logística, que insuficiente para o crescimento da ZFM. Um exemplo disso é um porto que nós não temos em Manaus. Temos dois terminais particulares e você não vê ninguém cobrar esse porto em nível federal. Tem um projeto aprovado para construir na área da antiga Siderama. O Brasil constrói um porto em Cuba, mas não constrói em Manaus!”

Ele acusou o Governo Federal e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) de fazer baixos investimentos e pouco caso com as solicitações de recursos pelo estado. O candidato levantou a hipótese de que os atrasos na liberação de recursos prometidos seriam deliberadamente para prejudicá-lo e ao governador José Melo. “Só para se ter uma ideia, nos últimos dois anos, o BNDES fez investimentos da ordem de R$ 321 bilhões. Desses, R$ 81 bilhões no Estado de São Paulo. Quanto mais dinheiro o Estado tem, mais recursos ganha do BNDES. Pro Amazonas, foram R$ 2 bilhões, apenas. Para Amapá, R$ 347 milhões. Como é que você pode desenvolver uma região que é desigual, sem investimentos?”

O candidato levantou a hipótese de que os atrasos na liberação de recursos prometidos seriam deliberadamente para prejudicá-lo e ao governador José Melo. “Pegamos dinheiro emprestado para várias obras e o governo federal não tem liberado esses recursos. Temos que saber qual é a razão. Eu não quero acreditar que seja por razões políticas, mas isso seria mesquinharia! Será que é para prejudicar o Melo, porque estamos num momento político? O povo do Amazonas não pode sofrer por isso e a gente não pode admitir!”

O candidato avisa, que, se for eleito, não será um senador subserviente e cobrará os investimentos necessários em infraestrutura e logística no Amazonas. “Em primeiro lugar, estará o Estado do Amazonas. Se for eleito, será para defender a nossa bandeira, aquilo que impoprtante para o nosso Estado, não o que é conveniente para o governo federal. O que é bom para o governo federal pode não ser bom a para os Amazonenses!”

O candidato da coligação “fazendo mais pela nossa gente” criticou o que chamou de passividade da bancada do Amazonas no Senado, o que, para ele, prejudica os interesses do Estado. “Não vejo ninguém discutir, por exemplo, um porto decente para o Amazonas. Isso era para estarem cobrando, na tribuna do Congresso. Isso é passividade dos representes. Não dá para admitir essa passividade! O Amazonas tem que estar em primeiro lugar!”

Ao contrário dos parlamentares, o candidato elogiou os amazonenses pelos resultados da Copa do Mundo, em Manaus. “Não o Governo, não foi a Prefeitura. Foram o povo e os voluntários que deram show. A população recebeu bem os turistas, e todas as pessoas saíram daqui falando bem! A população de Manaus e do Amazonas foram nota mil, porque receberam bem. Todo mundo saiu daqui feliz!”

Omar Aziz falou sobre o desempenho do candidato da Coligação “Fazendo mais pela nossa Gente”, que segundo as pesquisas, perderia, se a eleição. “Não existe eleição tranquila! O momento dá um certo favoritismo a certos candidatos, mas isso não quer dizer que, no debate, as pessoas não possam votar, tanto a favor, como contra. Essa preocupação, lógico que eu tenho, agora, falar em renovação, não há renovação da boca pra fora! É postura, métodos, forma de governar e eu renovei isso tratando todo mundo bem, respeitando todo mundo, cumprindo horário religiosamente, respeitando as instituições do meu Estado!”

Ao finalizar, o candidato foi elegante ao lembrar dos adversários e fez um apelo ao eleitor pelo voto na coligação que representa. “Quero desejar sorte a todos os companheiros que estão disputando os cargos. É um processo político. Espero que Deus possa nos ajudar e que a população possa nos apoiar!”

Você pode assistir à entrevista completa do candidato ao Senado pela coligação “Fazendo mais pela Nossa Gente”, Omar Aziz, nas reprises do programa “Manhã de Notícias”, durante todo o dia, na programação da TV Tiradentes.

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