Apesar de ter sido diagnosticada em uma paciente, em Manaus, o vírus causador da febre chicungunya ainda não foi detectado na capital do Amazonas. Foi o que garantiu, nesta terça-feira (04), em entrevista à Tiradentes News, o gerente da unidade de saúde onde a paciente, uma turista venezuelana, foi atendida, o médico infectologista Silvio Fragoso.
“A doença apresenta uma quadro febril agudo, que, geralmente, esta associado à dor de cabeça e principalmente, dor nas articulações. Essa moça veio visitar familiares em Manaus e, apresentando os sintomas, procurou o Pronto Atendimento, que o setor de urgência da Fundação de Medina Tropical, para que a gente avaliasse o quadro clínico dela e acompanhasse.”
Como a febre chicungunya é transmitida pelo mesmo mosquito causador da dengue, o infectologista explicou as diferenças dos sintomas das duas doenças.
“O quadro clínico é muito semelhante. O que o paciente com chicungunya apresenta é uma dor nas articulações, que é o que mais chama atenção!”
Segundo Silvio Fragoso, o que pode definir a suspeição sobre a doença é a história epidemiológica do paciente. “Neste primeiro momento, nós ainda não temos detecção do vírus na cidade de Manaus, então, o quadro clínico suspeito hoje, além dos sinais e sintomas que o paciente está apresentando, também tem a história epidemiológica – por onde é que este paciente esteve nos últimos 20/30 dias, devido ao período de incubação. Então, a história epidemiológica de contato é muito importante para que a gente suspeite da doença!””
De acordo com o médico, a febre chicungunya pode até matar, dependendo da idade do paciente e da existência de doenças associadas.
“Pode existir essa possibilidade! Os grupos de maior risco são crianças, idosos e pessoas que já tem uma doutra doença – diabético, hipertenso – alguma outra co-morbidade, como a gente chama. Essas pessoas podem fazer quadros mais graves. De acordo com as estatísticas de países onde ocorreram maior número de casos, em torno de 1% pode evoluir para óbito!”
O infectologista não descartou a possibilidade de uma epidemia, mas disse que as ações de medidas preventivas contra a doença já foram tomadas pelas autoridades da saúde.
“Já estão em andamento as ações por parte da Prefeitura de Manaus e da Vigilância Sanitária para o levantamento da infestação na cidade de Manaus, para a tomada de medidas preventivas. A população também pode participar, destruindo os possíveis criadouros do Aedes Aegipty. Se a infestação for a menor possível em Manaus, menor será o risco de transmissão da doença, se ela chegar a Manaus!”
Se você quer mais informações sobre a febre chicungunya, pode acompanhar a entrevista completa do doutor Silvio Fragoso à Tiradentes News pela TV Tiradentes, no canal 19 na Net e canal 2o, na TV aberta.