Último envolvido no latrocínio de sargento se entrega e PC dá caso por encerrado

Jhonatan

Com a prisão, na tarde desta quarta-feira (10), de Jhonatan Paiva Costa, o “Jho Jho”, de 18 anos, que se entregou por volta das 14h, na presença de um advogado, na sede da 3ª Seccional Leste, localizada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) dá o caso do latrocínio do 3º sargento da Polícia Militar José Cláudio Marques da Silva, de 46 anos, conhecido como ‘Caju’, por encerrado.

Último dos envolvidos no crime a ser preso, “Jho Jho” teria participado do latrocínio, pilotando a motocicleta em que estava com Marcelo Blanco, que efetuou os disparos contra o sargento. O jovem tinha mandado de prisão expedido desde o dia 5 de setembro, pelo juiz Antônio Carlos Marinho, do Plantão Criminal.

Pela manhã, a PC-AM, por ação dos investigadores da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), já tinha efetuado a prisão de Susan Assunção da Encarnação, de 30 anos, a “olheira” do grupo criminoso.

Ela foi interceptada e presa por investigadores, por volta das 20h da terça-feira (9), dentro de uma embarcação, no porto do município de Itacoatiara, distante 267 quilômetros de Manaus, quando tentava fugir com destino à cidade de Santarém (PA).

Susan se identificou aos policiais na hora da abordagem como Natália Lima de Moraes, apresentando documento falso. Após a verificação, foi constatado que a identidade era falsa e, em seguida, a mulher confessou o envolvimento no crime. Após receber voz de prisão, ela foi conduzida à sede da DERFD, em Manaus.

Os dois foram indicados na participação do latrocínio – roubo seguido de morte.

O crime que vitimou “Caju” ocorreu no dia 2 de setembro, na rua Colômbia, no conjunto Eldorado, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul, em frente a sede de um comitê partidário.

O Titular da DERFD, Delegado Orlando Amaral, que coordenou as investigações, disse que, com as prisões, o caso fica elucidado. “Isso concretiza todo o trabalho de inteligência realizado pela Especializada”, disse Amaral.

O Delegado informou, ainda, que a mulher citou todos os nomes dos envolvidos no latrocínio do sargento, além de falar que, nos últimos dois meses, o bando fez aproximadamente cinco golpes de “Saidinha de banco”. “Vamos tentar identificar todas as vítimas desse grupo. Susan já responde a processos por roubo, tráfico de drogas e homicídios, ou seja, ela costumava praticar esse tipo de crime”, destacou.

“Jho Jho” também confirmou a participação no crime. Ele era foragido do regime semi-aberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), por roubo ocorrido há dois meses no bairro Betânia, na Zona Sul, também pela prática da “Saidinha de banco”.

De acordo com Amaral, após participar do latrocínio, “Jho Jho” retirou a tornozeleira eletrônica. Mas foi o equipamento que indicou a localização dele, no dia do crime. Ao ser questionado pela decisão de se entregar à polícia, o jovem disse que tinha medo de represálias, depois que teve a imagem divulgada nos meios de comunicação.

Susan e Jhonatan foram indiciados por latrocínio (Artigo 157, parágrafo 3º do Código Penal Brasileiro – CPB). Ela ainda foi autuada por uso de documento falso (Artigo 304 do CPB). Ao final dos procedimentos cabíveis, os dois serão conduzidos à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, onde vão aguardar decisão da Justiça. As investigações tiveram início logo após o acontecimento, e foram concluídas em curto tempo, ao todo oito dias de intensos trabalhos de campo dos investigadores da Polícia Civil.

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