De janeiro a junho deste ano, os motoristas rodoviários de Manaus já fizeram mais de 40 paralisações e greves. O levantamento é do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (SINETRAM).

De acordo com o diretor Jurídico da entidade, Fernando Borges, foram ao menos cinco greves que atingiram a frota inteira de empresas que atuam no sistema de transporte público da cidade. Segundo o advogado, as outras paralisações foram pontuais, nas garagens de ônibus.

Os movimentos grevistas constantes significaram na prática cerca de 123 horas de paralisação ou 32 mil viagens que não foram realizadas, prejudicando milhares de usuários da cidade de Manaus.

Na última tentativa de paralisação do serviço, os rodoviários foram impedidos pela Justiça de suspender as atividades, sob pena de pesada multa. Conforme o representante da categoria, Givanci Oliveira, as paralisações são a única forma que os motoristas têm para exigirem dos empresários melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Na opinião do representante do SINETRAM, Fernando Borges, a motivação dos líderes sindicais é política, uma vez que a categoria tem um dos melhores salários do Brasil.

No total, as mais de 40 paralisações e greves dos rodoviários geraram ao sindicato da categoria R$ 3 milhões em multas que estão pendentes na Justiça do Trabalho. A suspensão do serviço também gerou 5 decisões judiciais, de acordo com Fernando Borges, algumas delas simplesmente descumpridas.

Atualmente, a frota do transporte público da capital corresponde a cerca de 1.400 veículos que atendem, em média, mais de 600 mil usuários todos os dias.

Outras informações sobre a suspensão da paralisação dos rodoviários de Manaus você acompanha no telejornal Notícias da Hora, que começa pontualmente às 18 horas, na TV Tiradentes,